sexta-feira, 1 de junho de 2018

Você pode ter defeitos...

                                 

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá a falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.

Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. É ter humildade da receptividade.

Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz. E, quando você errar o caminho, recomece. Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.

Augusto Cury
do livro "Dez leis para ser feliz", de Augusto Cury

terça-feira, 1 de maio de 2018

Você ainda vai entender por que Deus permitiu você chorar

Jesus abençoa suas lágrimas e enxuga cada uma delas



Este mundo é o vale das lágrimas. Nosso Senhor também chorou. Chorou a ingratidão de Jerusalém, chorou na sepultura de Lázaro, no Horto das Oliveiras e, antes, havia chorado nas palhinhas da manjedoura de Belém.
“Bem-aventurados”, isto é, felizes – diz Nosso Senhor – “os que choram”.

Ó Lágrimas Divinas e redentoras, sois nosso conforto! E, para santificar nossa dor, Jesus abençoa nossas lágrimas do alto da Montanha. “Beati” – “Felizes…” Então será feliz quem chora? Sim, porque a lágrima salva, desafoga o coração.

Lembremo-nos das lágrimas de Madalena e das do filho pródigo. Como é bom chorar de amor e de arrependimento! Santifiquemos nossas lágrimas na paciência e na resignação.

Deus não nos proíbe de chorar; quer, porém, que o nosso pranto seja, não como o de quem não tem esperança, mas o que suaviza, desafoga o coração, paga o tributo à natureza e se transforma depois em pérolas de abandono à Vontade Santíssima de Deus.

No Céu, onde não haverá mais dores nem gemidos, Ele, Nosso Divino Consolador, enxugará nossas lágrimas.

“Como eu tenho sede do Céu – dizia Santa Teresinha, – dessa mansão bem-aventurada, onde amarei para sempre a Jesus! Mas… para chegar até lá, é preciso sofrer e chorar.” (1)

Soframos, pois, choremos, resignados, nas trevas dessa noite da vida. Paciência! Logo há de raiar a madrugada do Céu!
Aleteia  

O trabalho invisível das mães e a Síndrome de Burnou

 Revista Pazes | Abr 30, 2018

Shutterstock

Uma reflexão e uma homenagem a todas as mães

Quando mães, não raro ignoramos os nossos limites mentais e físicos e dedicamo-nos, além das nossa próprias forças, à honrosa missão de cuidar “do mundo”: cuidamos da casa; educamos os filhos, cuidamos dos filhos, cuidamos do marido, cuidamos do emprego, cuidamos da contas a pagar, das compras a fazer, da leitura que não pode ser adiada, do curso obrigatório que o trabalho exige… e cuidamos, cuidamos… e nos esquecemos de nós mesmas.

Na busca da perfeição nessas tarefas dignas de uma super-heroína, dificilmente paramos para pensar no quanto essa sobrecarga nos esmaga, física e psicologicamente, dia após dia.

Ocorre que somos contagiadas pela invisibilidade que a sociedade atribui ao que fazemos. Ao chegarmos do trabalho, há centenas de pequenas tarefas que nos esperam, todas invisíveis aos olhos sociais, que, somadas, nos levam à exaustão. São tarefas necessárias e quase todas não podem ser deixadas para amanhã. O banho do filho, o jantar do filho, a tarefa do filho, o sorriso de boa noite para o marido, que muitas vezes, pelo cansaço, custa a sair. Detalhes da limpeza e higienização do lar. Tarefa escolar dos filhos.

Essa sobrecarga invisível pode levar-nos a uma síndrome já bem conhecida da ciência: a Síndrome de Burnout. Essa síndrome corresponde a uma reação negativa do corpo diante de situações contínuas de estresse e extrema competição, quando a incerteza quanto ao futuro nos leva à insegurança, ao medo, à ansiedade.

Diante desse quadro tão ofensivo, especialmente à alma de uma mãe (ser dotado de sensibilidade maior), surgem-nos diversas doenças psicossomáticas, como ansiedade, depressão, problemas gástricos e intestinais, cansaço crônico e até mesmo fibromialgia.

Nos casos mais graves, diante de uma total apatia diante da vida, pode advir um quadro de enedonia (impossibilidade de sentir prazer). Assim, a pessoa perde, por completo, a alegria de viver.

Certa vez, quando estava com depressão pós-parto e abandonei uma pós-graduação que cursava, um professor me disse algo que nunca mais me esqueci. Ele disse: “Não é justo que a sua filha testemunhe, enquanto você alicerça o mundinho dela, a ruína existencial da própria mãe.” E emendou: “Você não tem o direito de permitir-se adoecer, de não olhar para si, de não amar-se.”

As palavras do meu professor ecoaram em minha alma e pude perceber o quanto eu me anulava na tentativa de ser a mãe perfeita, a advogada perfeita, a esposa perfeita, a cidadã exemplar, a aluna perfeita…

Foi quando vi que eu havia, na busca da perfeição e na ânsia de sempre superar a mim mesma nas tarefas invisíveis cotidianas, perdido a alegria de viver.

Então, quando penso no que dizer às mães por ocasião da comemoração do seu dia, eu digo: encarem a maternidade com alegria. Encarem a sua neura com a perfeição como uma escravidão que merece ser abolida por um ato libertário de amor próprio. Encare o pai dos seus filhos como um companheiro que deve carregar, ombro a ombro, a mesma carga que você. Se ausente e indiferente for o pai, encare-o como um desertor que haverá de responder, perante o tribunal da própria consciência, um dia, por sua covardia ou por sua incapacidade de amar.Mas a deserção dele não é responsabilidade sua. Não carregue mais essa carga.

E, finalmente, é hora de festejar o seu dia. Que seja um dia de analisar se é justa a sobrecarga doméstica que você atrai para si. De analisar se esses sintomas que você sente não são já o alarme da Síndrome de Burnout.

Que seja o dia de festejar a ousadia de um ser imperfeito, falho, precário, eterno aprendiz, mas que teve a ousadia amar, de ceder lugar em seu ventre para florir novas vidas, e que precisa aprender, a cada dia mais, a saber que que não precisa fazer mais do que pode para ser o infinito que é.

(via Pazes)

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Amigo, você não fez nada


Tenho dias de confusão que só meus travesseiros entendem, e nesses, tudo que quero do mundo é distância.
Se acaso me encontrar por ai sem o riso que costumo levar, saiba que não estou no meu melhor momento.
Mas olha, eu continuo em algum lugar no meio de todo o cinza.
Aquela pessoa falante e repleta de sonhos.
Então não me mande mensagens quando eu sumir, não tente me encontrar.
E por fim, não me pergunte se estou bem, porque nós dois sabemos a resposta.
Quando a poeira baixar, eu vou precisar que você me lembre de tudo de bom que sempre lhe digo. Mas nos meus dias tristes me deixe só.
Preciso me ausentar do mundo algumas vezes, e ter meu tempo pra chorar e fazer meu escândalo silencioso no meu quarto.
Tenho minhas manias, meus estados, e às vezes, não é da conta de ninguém.
Não é o peso de ninguém.
Demorei muito pra aceitar que algumas bagunças fazem parte de quem sou.
Agora preciso encontrar sozinho a paz dentro da minha própria confusão.
E sabe, sumir faz parte.
Há momentos em que precisamos nos despedir de todo mundo e mergulhar dentro de nós mesmo pra lembrar quem somos. Pra poder ouvir as batidas do nosso próprio coração.
Eu vou ficar bem, mas no meu tempo.
Só não tente, porque eu mesmo não me entendo em grande parte do tempo.
Seu trabalho não é me compreender, mas se ainda estiver por aqui depois de tudo isso, um abraço seu seria ótimo.

por Daniel Duarte

A mãe do pai


"A mãe da mãe tem as portas abertas.
Liberdade, intimidade, jeitinho.
É coadjuvante da novidade, doadora silenciosa do amor.
Cúmplice de uma nova mãe que merece e precisa da sua presença.
Mas e a mãe do pai?
Quão difícil é ser mãe do pai.
Achar a brecha, encontrar o lugar, se chegar.
A mãe do pai não tem que ajudar nas posições das mamadas, não tem que fazer compressas pré amamentação.
Para isso já existe a mãe da mãe.
É ela quem o coração de filha pede.
E assim, a mãe do pai fica ali, observando de perto mas de longe.
A mãe do pai não tem desculpas para visitas demasiadamente prolongadas.
Precisa ir na coragem, na boa cara de pau, na fé.
A mãe do pai não pode ligar 3x ao dia para saber como está o toquinho de gente que fez seu coração explodir mais uma vez.
Ser mãe do pai é presenciar o filho se descobrir na paternidade, e ao mesmo tempo ter relances do garotinho que ontem segurava sua mão, e agora segura um bebê.
Ser mãe do pai é querer beijar, abraçar, palpitar na vida de um bebê que é tão seu, mas nem tanto.
É o amor incondicional que não pode chegar arrombando, precisa ser manso, bater na porta.
Ser mãe do pai é ter que aprender a respeitar a ordem do tempo e principalmente das coisas.
É o amor resiliente, humilde, paciente.
Tenho a impressão que ser mãe do pai é o mais paciente dos amores.
É a união do amor com a espera.
Espera pelo momento, pela sua hora.
É falar, já que às vezes o amor fala demais, e se arrepender.
A verdade, que não se pode negar, é que a mesma frase dita pela mãe da mãe, é recebida de forma diferente quando dita pela mãe do pai.
Ser mãe do pai é enxergar em outra mulher não somente a esposa do filho, mas a guardiã e mãe do novo ser que é tão importante na sua vida.
Ser mãe do pai é um papel tão complexo que assusta.
E me traz uma ponta de tristeza, pois um dia será a minha vez.
E uma ponta de vergonha, já que lembro da minha sogra e da sua jornada como mãe de pai.
Pensando assim meu coração me pede mais paciência, compreensão, tolerância. Me pede para lembrar que quando o assunto é amor para os meus filhos, seja da mãe da mãe, ou da mãe do pai, nunca é demais.


Autora: @a.maternidade - Rafaela Carvalho”