sábado, 30 de dezembro de 2017

Um feliz e abençoado ano novo!




Quantas vezes você já ouviu a frase: “Ano novo, vida nova”? Portanto, vamos dedicar o dia de hoje para tornar esse ditado a mais pura verdade. Vamos fazer com que nossas atitudes e palavras edifiquem uma vida digna, repleta de alegria e da paz de Cristo.

Vamos encher nosso coração de esperança, para que possamos receber o ano de 2018 com a fé totalmente elevada, na certeza de que tudo concorrerá para o bem daqueles que levam suas vidas com Jesus.

Façamos uma reflexão sobre nosso papel neste mundo e deixemos tudo de ruim no passado. Que possamos dar início a 2018 sem carregar nenhum sentimento que possa nos assombrar ou atrapalhar nossa caminhada. Deus nos concedeu a graça de entrarmos em mais um ano, portanto vamos iniciar essa nova etapa com muita alegria e gratidão.

Que tudo que pedimos no Natal se concretize em 2018. Que Jesus esteja sempre nos guiando e que saibamos entender os sinais de Deus e refletir sobre suas maravilhas. Que nossa fé seja sempre fortalecida e que cada dia seja de vitórias e conquistas.

Lembre-se de que Deus te quer sorrindo. Mesmo que você esteja passando por momentos turbulentos, não é o que Deus quer para você. Nosso Pai do céu quer nossa felicidade. Quem pede recebe, mas quem agradece recebe em dobro! Portanto, vamos encerrar este ano agradecendo por tudo. Pelas coisas boas e pelas coisas que não foram tão boas, mas que serviram para nosso aprendizado e crescimento.

Dessa maneira, amados, mesmo que o inimigo tente colocar o mal em nossos caminhos, ou faça uso de pessoas para que inconscientemente tragam problemas para nossas vidas, lembrem-se da diferença entre o “ser” e o “estar”. Podemos estar em um momento difícil, podemos estar agitados e ansiosos, mas isso não é o que somos. Somos filhos amados de Deus e, com ELE verdadeiramente em nossos corações, teremos força para atravessar as tempestades e as turbulências da vida sem perdermos o rumo e sem sairmos dos trilhos.

Com tudo isso, vamos encerrar este ano de 2017 limpando nossas mentes e nossos corações. Eliminando as coisas ruins e agradecendo pelos momentos de turbulência, pois veremos em breve que nos serviram de lições e nos tornaram mais fortes. Exaltando tudo que foi positivo, das coisas mais pequeninas às mais grandiosas, e com muita gratidão e esperança, vamos juntos fazer de 2018 o melhor ano de nossas vidas!

Um ano novo abençoado e iluminado por Jesus! Que Deus abençoe a todos!

Pe. Marcelo Rossi

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Música Guerreiro Menino para Moro



Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura
GUERREIROS SÃO PESSOAS
São fortes, são frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sonho
Que os tornem refeitos
É triste ver este homem
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que traz no peito
Pois ama e ama
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E a vida é trabalho
E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata
Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz

Compositores: Andre Gomes / Aninha Lima / Gabriel O Pensador / Tiago Mocoto

domingo, 15 de outubro de 2017

Dia dos Professores: “Dá-me uma sala de aula e mudarei o mundo!”

A nobre missão de educar um ser humano


O transcurso do Dia do Professor, em 15 de outubro, é uma oportunidade para saudá-lo, agradecer pelo trabalho dedicado aos nossos jovens; e de oferecer-lhe uma reflexão sobre esta nobre missão. 
Eu me incluo entre eles porque há 40 anos exerço o magistério.

Não há dúvida de que no rol das profissões, a de professor sempre se destacou pelo fato de trabalhar diretamente com a mais nobre realidade do mundo: o coração, a inteligência e alma do ser humano. Nada é mais importante do que o homem e a mulher. Santo Irineu já dizia no século II que “o homem é a glória de Deus”; é claro que falava do ser humano, não apenas do masculino. A missão do professor, mais do que ensinar, é educar.

É nobre e necessário dominar o aço e os microorganismos, ouvir as galáxias e o cosmo, construir casas e computadores, mas muito mais nobre ainda é formar o homem, senhor de tudo isso. Os sábios gregos já diziam: “dá-me uma sala de aula e mudarei o mundo!”

Ghandi dizia que “a verdadeira educação consiste em pôr a descoberto o melhor de uma pessoa”. É como fazia Michelangelo com a pedra. 

Certo dia, ele viu um bloco de mármore e disse a seus alunos: “Aí dentro há um anjo, vamos colocá-lo para fora!”. 
Depois de algum tempo, com o seu gênio de escultor, um anjo surgiu da pedra. 
Então os discípulos lhe perguntaram como tinha conseguido aquela proeza. 
Ele respondeu: “O anjo já estava aí, apenas tirei os excessos que estavam sobrando”. 
Educar é isso, é ir com paciência e perícia, sabedoria e bondade, retirando os maus hábitos e descobrindo as virtudes, até que o “anjo” apareça em cada aluno.

O grande educador francês Michel Quoist dizia “que não é para si que os homens educam os seus filhos, mas para os outros e para Deus. 
Educar é colaborar com Deus”. 

O jovem e frágil aluno de hoje será o condutor da nação amanhã; o que for semeado hoje no seu coração, na sua mente e no seu espírito, será colhido amanhã pela sociedade. 
Daí a grande tarefa e enorme responsabilidade do professor, em qualquer nível. 
Já esqueci os nomes de muitas pessoas ilustres que passaram em minha vida, mas nunca esqueci os nomes das quatro primeiras professoras do curso primário.

O que o aluno espera de um professor? 
O que os pais e a nação esperam de nós? 
Em primeiro lugar, que sejamos honestos, honrados e capacitados, exigências mínimas de quem carrega o título de mestre. 
Sabemos que o homem moderno está cansado de discursos. 
Quer ver bons exemplos, a começar do professor. O mestre romano Sêneca dizia que “de nada vale ensinar-lhes o que é a linha reta, se não lhes ensinarmos o que é a retidão”.

O aluno só aprende com satisfação quando o professor ensina com entusiasmo e sabe motivá-lo. Os alunos respeitam o professor que domina a matéria e sabe motivar para o aprendizado. 
Um homem motivado vai à Lua, mas sem motivação não atravessa a rua.

O aluno espera que o professor tenha paciência com ele, tenha a humildade de não usar o seu conhecimento para humilhá-lo e que não use do poder da avaliação para destruir a sua autoestima. 
O aluno espera que o professor prepare bem as aulas. 
 Nada pior para um aluno do que ter que assistir a uma aula maçante, mal preparada, ministrada por alguém que não conhece o que ensina. 
É um grande desrespeito. para não dizer, um crime. 
Ele quer ver o seu mestre ensinar com didática, competência e clareza, além de pontualidade no horário e apresentação adequada. 
Ele quer vê-lo como um bom amigo que não lhe dá apenas informações, mas formação e sabedoria de viver.

João Paulo II, na encíclica Redentor dos Homens, disse que o mundo vai mal porque o homem moderno conquistou o universo, mas perdeu o domínio de si mesmo. 
Sente-se hoje ameaçado por aquilo que ele mesmo criou com a sua inteligência e construiu com as suas mãos. 

Por quê? Porque falta-lhe a Sabedoria. 
Porque junto com a ciência e a tecnologia não cuidou do desenvolvimento e do respeito aos princípios da ética, da moral e da fé. 
Está cheio de ciência, mas vazio de sabedoria. 
Ele disse que os falsos profetas e os falsos mestres conheceram o maior sucesso possível no século XX (EV,17).

Sabemos que a felicidade verdadeira, que não acaba, é aquela que nasce no bojo da virtude. 
Portanto, é na vivência de um magistério autêntico que colheremos os frutos mais doces da profissão.

Prof. Felipe Aquino

sábado, 14 de outubro de 2017

O caminho

Olha em frente, tentando descortinar a estrada da vida!

Mas os seus olhos não o ajudam e ele não consegue perceber sequer o caminho para amanhã, quanto mais para o futuro.

O que fazer? Por onde ir? Onde está a estrada segura?

Nada, nem uma resposta, nem uma visão, nem um conselho, nem nada que os seus olhos possam ver!

Assim, pensou, não é possível caminhar, ou seja, não é possível viver, pois não há uma direcção segura, uma estrada para percorrer, um caminho que leve à meta desejada da felicidade.

Desiste de olhar, de ver, e fecha os olhos com a resignação de quem pensa já nada haver a fazer.

Percebe então que no seu íntimo existe outra maneira de ver, pois quase jurava que o seu coração tem olhos, e que esses olhos vêem um caminho à sua frente, bem marcado e presente.

No entanto o seu primeiro entusiasmo por ver aquele caminho, começa a esmorecer, quando percebe um caminho estreito, por vezes ladeado por abismos sem fim, pedras, com curvas e contra-curvas, obstáculos, subidas e descidas, enfim, um caminho humanamente desaconselhável.

Regressa ao coração e deixa-se guiar por ele.

Tem então a noção de que em cada sítio mais complicado do caminho existe sempre uma luz, uma mão, um ombro, uma palavra, um conselho e que, apesar de tudo, se seguir esse caminho deixando-se conduzir por tudo isso, o fim é perfeitamente alcançável, e que esse fim se prefigura como um paraíso, onde o amor e a felicidade comungam, e afinal se chama Deus!

A decisão está tomada!
Aquele é a estrada a percorrer, a direção segura, a vida com sentido, que leva à meta desejada!

Procura uma placa de informação, algo que lhe diga como se chama esse caminho, e então vê na borda do caminho estreito, o nome que Alguém lhe deu: Igreja!

Joaquim Mexia Alves

sábado, 26 de agosto de 2017

O lápis✏

Nenhum texto alternativo automático disponível.


O menino observava seu avô escrevendo em um caderno, e perguntou:


— Vovô, você está escrevendo algo sobre mim?


O avô sorriu, e disse ao netinho:


— Sim, estou escrevendo algo sobre você. Entretanto, mais importante do que as palavras que estou escrevendo, é este lápis que estou usando. Espero que você seja como ele, quando crescer.


O menino olhou para o lápis, e não vendo nada de especial, intrigado, comentou:


— Mas este lápis é igual a todos os que eu já vi. O que ele tem de tão especial?


— Bem, depende do modo como você olha. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir vivê-las, será pessoa de bem e em paz com o mundo, respondeu o avô.



— Primeira qualidade: assim como o lápis, você pode fazer coisas grandiosas, mas nunca se esqueça de que existe uma "mão" que guia os seus passos, e que sem ela o lápis não tem qualquer utilidade: a mão de Deus.



— Segunda qualidade: assim como o lápis, de vez em quando você vai ter que parar o que está escrevendo, e usar um "apontador". Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas ao final, ele se torna mais afiado. Portanto, saiba suportar as adversidades da vida, porque elas farão de você uma pessoa mais forte e melhor.



— Terceira qualidade: assim como o lápis, permita que se apague o que está errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos trazer de volta ao caminho certo.



— Quarta qualidade: assim como no lápis, o que realmente importa não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro dele. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você. O seu caráter será sempre mais importante que a sua aparência.



— Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida deixará traços e marcas na vida das pessoas, portanto, procure ser consciente de cada ação, deixe um legado, e marque positivamente a vida das pessoas.

Quem deixou meus pais envelhecerem?


Para nossos filhos que estão nos vendo envelhecer sem saber como lidam com este fato . Compartilhe com eles. Quem sabe comecem a nos entender melhor .

Quem deixou meus pais envelhecerem?

Meus pais não são velhos.
Quer dizer, velho é um conceito relativo.
Aos olhos da minha avó são muito moços.
Aos olhos dos amigos deles, são normais.
Aos olhos das minhas sobrinhas, são muito velhos. Aos meus olhos, estão envelhecendo.
Não sei se lentamente, se rápido demais ou se no tempo certo.
Mas sempre me causando alguma estranheza.
Lembro-me de quando minha mãe completou 60 anos. Aquele número me assustou.
Os 59 não pareciam muito, mas os 60 pareciam um rolo compressor que se aproximava.
Daqui uns anos ela fará seus 70 e eu espero não tomar um susto tão grande dessa vez.
Afinal, são apenas números.

Parece-me que a maior dificuldade é aprendermos a conciliar nosso espírito de filho adulto com o progressivo envelhecimento deles.
Estávamos habituados à falsa ideia que reina no peito de toda criança de que eles eram invencíveis.
As gripes deles não eram nada, as dores deles não eram nada.
As nossas é que eram graves, importantes e urgentes.
E de repente o quadro se inverte.

Começamos a nos preocupar- frequentemente de forma exagerada- com tudo o que diz respeito a eles.
A simples tosse deles já nos parece um estranho sintoma de uma doença grave e não uma mera reação à poeira.
Alguns passos mais lentos dados por eles já não nos parecem calma, mas sim uma incômoda limitação física.

Uma conta não paga no dia do vencimento nos parece fruto de esquecimento e desorganização e não um simples atraso como tantos dos nossos.
Num dado momento já não sabemos se são eles que estão de fato vivendo as sequelas da velhice que se aproxima ou se somos nós que estamos excessivamente tensos, por começarmos a sentir o indescritível medo da hipótese de perdê-los- mesmo que isso ainda possa levar 30 anos.
Frequentemente nos irritamos com nossos pais, como se eles não estivessem tendo o comportamento adequado ou como se não se esforçassem o bastante para manterem-se jovens, vigorosos e ativos, como gostaríamos que eles fossem eternamente.
De vez em quando esbravejamos e damos broncas neles como se estivéssemos dentro de um espelho invertido da nossa infância.
Na verdade, imagino eu, nossa fúria não é contra eles.
É contra o tempo.
O mesmo tempo que cura, ensina e resolve é o tempo que avança como ameaça implacável.
A nossa vontade é gritar “Chega, tempo! Já basta!
60 já está bom!
65 no máximo!
70, não mais do que isso!
Não avance, não avance mais!”.
E, erroneamente, canalizamos nos nossos pais esse inconformismo.
O fato é que às vezes a lentidão, o esquecimento e as limitações são, de fato, frutos da idade.
Outras vezes são apenas frutos da rotina, tão naturais quanto os nossos equívocos.
Seja qual for a circunstância, eles nunca merecem ter que lidar com a nossa angústia.
Eles já lidaram com os nossos medos todos- de monstros, de palhaços, de abelhas, de escuro, de provas de matemática- ao longo da vida.
Eles nos treinaram, nos fortaleceram, nos tornaram adultos.
E não é justo que logo agora eles tenham que lidar com as nossas frustrações.
Eles merecem que sejamos mais generosos agora.
Mais paciência e menos irritação.
Menos preocupação e mais apoio.
Mais companheirismo e menos acusações.
Menos neurose e mais realismo.
Mais afeto e menos cobranças.
Eles só estão envelhecendo.
E sabe do que mais?
Nós também.
E é melhor fazermos isso juntos, da melhor forma.

POR RUTH MANUS

quarta-feira, 26 de julho de 2017

“É na família que damos os primeiros passos para Deus”


Hoje, dia dos avós, se reporta a antepassados, gerações e descendência e nos leva a refletir sobre o papel da família. 
O autor do livro do Eclesiástico faz o elogio aos “homens de misericórdia” os quais deixaram a sua marca e seu exemplo de vida para os seus descendentes. 
Refere-se aos homens de misericórdia, aqueles, que vivem segundo a vontade de Deus e deixam para as outras gerações o exemplo de fidelidade à Aliança. 

É na família que damos os primeiros passos para Deus e é lá que a semente da Fé é regada, juntamente com o amor, a bondade e a misericórdia. 
Para que também sejamos considerados homens e mulheres de misericórdia é preciso que deixemos também o exemplo de uma vida em Deus. 

Podemos afirmar, então, que a família é um sinal de Deus para o mundo e o lugar por excelência para que o homem seja formado em busca da felicidade. 

“Seus gestos de bondade não serão esquecidos!” 

Através das gerações a família tem deixado no mundo rastros de alegria e unidade, mas também tem dado exemplos de desunião e de infelicidade. 

O bem ou o mal que fizermos permanecerão como um perfume ou como uma fumaça para aqueles que nos sucederem. 
Olhando para as famílias de hoje nós percebemos claramente a diferença que existe entre aquelas que têm como fundamento de vida a Palavra de Deus e seguem os caminhos do Senhor e as que desconhecem os ensinamentos evangélicos. 
Tudo ocorre como uma consequência das práticas vivenciadas. 

O homem e a mulher foram criados para, unidos, colaborarem no projeto de Deus para a humanidade. Se não estiverem ligados Àquele que os criou, irão caminhar sozinhos e, com certeza, cairão nos abismos que o mundo apresenta.

Mas, ainda existe tempo de salvar a família que agoniza. 
Cada um de nós é um instrumento de Deus dentro da nossa família, por isso, não precisamos nos apegar aos erros dos que passaram, mas sim, seguir o exemplo dos “homens de misericórdia” que toda família possui.

 – Você tem recordações boas dos seus antepassados? 
– O que você deixará para a sua descendência? 
– Qual o melhor conselho que você daria aos seus futuros netos? 
– Você já pensou no fato de que você também um dia será lembrado pelos seus descendentes? 
Qual o legado espiritual e moral que você deixa para eles?

Site : Um novo caminho

segunda-feira, 3 de julho de 2017

As consequências da indiferença


“A indiferença e o abandono muitas vezes causam mais danos do que a aversão direta”
JK Rowling
A imagem pode conter: uma ou mais pessoas

A indiferença é um sentimento neutro. Costumamos definir uma pessoa indiferente como alguém que “não sente, nem sofre”. É um sentimento que mantém à margem a pessoa que se comporta assim.
No entanto, quando recebemos um golpe de indiferença de alguém, suas garras produzem feridas muito dolorosas em nós.

Pensar que alguém é indiferente é atribuir a ela uma série de adjetivos que não têm quase nada a ver com o ideal de uma pessoa virtuosa. 
A indiferença está associada à insensibilidade, ao desapego e à frieza, características que não combinam muito com a condição social que nós, seres humanos, vivemos, que faz com que nos relacionemos com outras pessoas.

Ser indiferente quer dizer que “nada nos interessa”, que não sentimos nada frente a uma situação ou pessoa, que “tudo dá no mesmo”. 
Mesmo que estejamos seguros de que isto é assim, é preciso perguntar, também, se é possível conseguir isolar nossas emoções desta forma. 
Quando mostramos indiferença em relação a algo ou alguém, o que realmente fazemos é nos afastar dessa pessoa ou dessa circunstância.
A indiferença dói!

A vida está cheia de momentos e circunstâncias nas quais optar pela indiferença nem sempre é a melhor opção. 
Podemos nos importar muito ou pouco, mas nunca podemos deixar de sentir. Esse é um recurso que nos permite escolher alguns estímulos para, então, senti-los, ou simplesmente afastá-los de nós. Portanto, a indiferença absoluta nunca é possível.

A sabedoria popular diz que “a indiferença é a resposta mais dura, mesmo quando esperamos pouco”. 

Está comprovado que, quando direcionamos nossa indiferença para outra pessoa, essa atitude é uma das mais agressivas e dolorosas que podemos ter. 
Mostrar nossa indiferença a alguém implica que estamos retirando todos os nossos sentimentos, que nada mais existe para nós.

Mas nem sempre a indiferença é negativa. 
Ela também é um mecanismo de defesa, ao qual nos agarramos para não sofrer contínuas decepções perante os contratempos da vida. “Nos manter à margem” ou “não esperar nada de nada, nem de ninguém”, é uma maneira de nos proteger. 
Se não pudéssemos recorrer à neutralidade e tivéssemos que dar uma resposta negativa ou positiva para cada estímulo que recebemos, acabaríamos esgotados.

Do site A mente é maravilhosa

terça-feira, 20 de junho de 2017

TEMPOS DIFÍCEIS PEDEM ABRAÇOS, NÃO INDIFERENÇA!




Nos elevadores, caras sisudas.
Difícil arrancar um “bom dia” caloroso, diferente daquele que se dá por simples convenção social. 

Semanas atrás, perguntei a um dos funcionários do prédio se aquilo eram modos, passar pelas pessoas como se elas fossem invisíveis e o rapaz me disse que cansou de tentar reciprocidade verdadeira para o cumprimento. 

Simplesmente desistiu, na maioria das vezes segue reto, cabeça quase baixa. Noutros lugares, observo as mesmas feições fechadas, mas, não tendo o mínimo de intimidade para reclamar, sigo em frente me assombrando com a ideia de que afeto, carinho e respeito passaram a ocupar lugar insignificante na convivência social.

É certo que os tempos são dos mais desafiadores e que produzem intolerância como chaminés expelindo fumaça grossa, mas tenho para mim que há algo de muito errado quando deixamos que o terreno dos sentimentos seja invadido por uma desconfiança quase irrestrita, isto sem falar no quanto faz mal esquecer do que fazemos com perfeição e de forma tão natural que o mundo se encanta – abraçar. 

Onde estão os abraços? Não saio bradando esta falta por aí, mas não quer dizer que não a sinta, que não gostaria de pedir às pessoas um pingo de reflexão sobre tão grande negligência.
Pergunto porque, nem faz muito tempo assim, era tão fácil ver abraços na rua, na padaria, na fila do supermercado, no calçadão da praia. 

Abraçávamos porque simplesmente o abraço escapava, alegre, em direção ao outro, sem pressa de acabar. Parecia uma confissão de saudade mútua. 
Ao passo que, agora, abraça-se com muito mais economia de entrega, como se a necessidade maior fosse traduzir apenas com palavras o desassossego de cada dia: o dinheiro curto, a ameaça de perda do emprego, a nuvem mal humorada que paira sobre o futuro, o descaramento de corruptores e corrompidos. 

Ah, se fôssemos reunir numa só balança os desgostos nacionais, não sobraria desejo nenhum de abraçar. Mas não é bem assim, graças aos céus, de vez que muita gente não mistura as coisas e não deixa as lamentações virarem rio disposto a invadir o terreno dos afetos.
Tão bem definido temos este terreno. Ao menos isso. 

Lembro como se fosse agora de uma amiga francesa me dizendo que nunca mais conseguiu deixar o Brasil depois de conhecer o abraço dos brasileiros, sobretudo dos nordestinos. 

Encantou-se com o acolhimento, que não exige saber a nacionalidade ou a naturalidade de ninguém para acontecer da forma mais larga e sincera. 

A moça enfurnou-se durante 20 anos na fazenda de um suíço, no interior da Paraíba – fazendo melhoramento genético de bovinos e queijos franceses -, depois descobriu-se fotógrafa com f maiúsculo e desde então leva para as suas fotos a humanidade que aprendeu aqui, entre pessoas que abraçam e se mostram felizes mesmo não tendo quase nada. 

Maravilhava-se com o gesto ainda hoje, porque veio de uma cultura muito diferente, onde abraçar depende de laços e pré-requisitos e abraçar mais forte parece requer dias de primavera e verão, quando o clima torna os corações mais amenos. 
Contou que, numa das primeiras visitas a Estrasburgo, quando já tinha certo tempo entre os brasileiros, havia guardado o melhor e mais espontâneo abraço para o irmão gêmeo, mas o rapaz estranhou aquilo – não cresceram tocando um ao outro. 

A lembrança sempre acabava deixando uma sombra nos olhos dela, misto de tristeza e frustração.
Então, nestes tempos bicudos, quando me vem à memória o amor de Claire pela delícia de abraço capaz de prendê-la aqui há 30 anos, penso que não é justo permitir tal força ser afetada pelo desmantelo do país. 

Abracemos, pois, com verdade e vontade, porque nunca deixaremos de ser um povo gentil, alegre e acolhedor. Apesar de tudo.


Luce Pereira

sábado, 27 de maio de 2017

Lar, doce Lar!


Está a dizer-nos que um lar é fundamental para que uma família possa subsistir? Não será exagerada tal afirmação? Então, não há muitas pessoas hoje em dia que vivem bem sem terem propriamente um lar?


A pergunta surgiu no final de uma conferência sobre a família.


É verdade, estou convencido disto. Sem um lar lá em casa, uma família não consegue ir para a frente.


A vida mais propriamente humana é a do nosso espírito. Não é a única que temos — mas é a mais essencial. Por isso, os animais não necessitam de um lar para viver — nós, sim!


Uma família constrói-se ao redor do lar. O lar é o âmbito de reunião da família por excelência. O lar é, como diz o dicionário, “o lugar onde se acende o lume na cozinha”.


Calor que reconforta. Mesa ao redor da qual nos sentamos todos. Convívio agradável e distendido que liberta de tantas tensões que a vida traz. Características fundamentais de uma verdadeira família que nos vêm à memória quando refletimos sobre esta simples palavra de três letras.


Claro que pode não existir nenhuma lareira. E até podem faltar os aquecedores. Mas o que tem de estar presente é o “calor de lar” — temperatura que só nós podemos dar.


A indiferença é o melhor modo de gelar um lar. De dinamitá-lo pela raiz. Podem continuar a existir “quatro paredes caiadas e um cheirinho a alecrim”, mas o lar desaparece. Fica somente uma simples pensão — e nada mais.


É o lar que origina uma atmosfera de confiança e de perdão. Sem esse ambiente, não há nenhuma família que possa aguentar-se.


E o lar são as pessoas que o criam e cuidam dele. Não surge automaticamente pelo fato de haver alguns indivíduos da mesma família que, por pura coincidência, habitam debaixo do mesmo tecto.


Ter experiência de o que é um lar é essencial para o homem atual encontrar a verdade sobre si mesmo.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

sábado, 8 de abril de 2017

“Com licença, eu vou ao mercado”

Em um texto intitulado “Com licença, eu vou ao mercado”, a esposa do juiz Sérgio Moro, Rosangela Wolff Moro, transformou o vitimismo adotado por movimentos feministas em pó ao relembrar o Dia das Mulheres.

Ao final, ela ainda dá um tapa com luva de pelica na petista Gleisi Hoffmann, que havia demonstrado autoritarismo contra as mulheres ao propor até que fizessem “greve de sexo” no Dia das Mulheres.

Leia o texto:


“Depois de tanto falatório sobre as repercussões do Dia Internacional da Mulher não resisti ao convite para escrever um texto a respeito.

Semana passada, antes de ir ao trabalho resolvi dar uma paradinha no supermercado e ver com meus próprios olhos quem estava por lá. Sexta feira, oito e trinta da manhã. Com quem eu me deparo? Com pessoas. Homens, mulheres, crianças, idosos, idosas, famílias, tem pra todo mundo, afinal todo mundo come e não tem nada de errado ir ao mercado, seja você CEO de uma empresa ou uma dona de casa.

A discussão é outra. A discussão é que não há mais espaço para catalogar atividades como femininas ou masculinas.

Em uma de minhas voltas de Brasília me chamou a atenção o comunicado da cabine de comando. Voz de mulher. Faltou macho naquele voo, adepto da frase ‘mulher no volante, perigo constante’, revelar-se. E foi um pouso perfeito. Não fosse minha timidez, teria ido cumprimentar a comandante e também a companhia aérea. Competência e mérito não são uma questão de gênero.

Eu cresci achando que meu pai queria ter tido filho homem e que a natureza tinha contrariado o desejo dele. Eu achava isso porque nem eu nem minha irmã éramos poupadas de atividades de cortar a grama do jardim, de trocar o pneu do carro e de acompanhá-lo nas rodadas de chimarrão masculinas.

Aliás, em casa, saber trocar o pneu era requisito para poder sair de carro. E, para que o procedimento não fosse esquecido, de tempos em tempos o pneu aparecia furado. Sim, era meu pai, à maneira dele, pondo à prova a nossa capacidade de não sermos frágeis.

Passados os anos eu compreendi. Ele não queria filho homem, ele queria que fossemos independentes. E assim me tornei. Mas, claro, levava sempre no carro uma luva de borracha para não estragar as unhas esmaltadas, acaso tivesse que trocar o pneu.

Não somos frágeis. Falta aprendermos que a maior independência que uma mulher pode ter é de realizar as suas próprias escolhas sob uma única influência: a da sua própria vontade. É sempre mais fácil culpar o marido, o namorado, ou namorada, os filhos, o chefe ou o trabalho, porque se algo der errado, há alguém a quem atribuir a culpa pelo insucesso.

Se admitirmos que a escolha é nossa, somente nossa, assumimos a consequência. Não deu? Tenta de novo, tenta de outra maneira, mas não desista.

Não admita nenhuma forma de violência. A frase que mais amo é da Alice Walker: “Não pode ser seu amigo quem exige o seu silêncio ou atrapalha o seu crescimento”. Amizade ou amor constroem, não destroem. A violência física contra a mulher é preocupante e os números são alarmantes. Nada justifica a violência contra quem quer que seja.

Preocupa-me ainda mais a violência psicológica. Um roxo no olho é difícil esconder e essa visibilidade pode ser a força motivadora para a busca de ajuda. Mas o roxo da alma não. Esse hematoma na alma não deixa sinais visíveis e tem enorme poder de destruição. Destrói sonhos, destrói projetos, mata. E….. e você não tem que fazer greve de sexo, ao menos que você mesma queira. Você faz se você quiser e não faz se você não quiser. Ponto. Não pode ter outra regra. Não deixe ninguém dominar a sua vida, assuma o comando.

Agora, com sua licença, eu vou ao mercado, porque amanhã eu quero laranja no café da manhã.”

Rosangela Wolff Moro
https://jornalivre.com/2017/04/05

terça-feira, 28 de março de 2017

Coração gosta de espaço.


Há momentos em que tudo o que a gente precisa é dar colo para o próprio coração. 
Aconchegá-lo no nosso olhar de escuta. Deixar que perceba que naquele instante todas as outras coisas podem nos esperar um pouco; ele, não. 

Ele é o nosso rei e o nosso reino. 

O papel para desenho e a caixa de lápis de cor. A música e a orquestra. Nossa bússola e nosso mar. A flor, o pólen, a borboleta, ao mesmo tempo. A colméia e o mel. 

O centro, onde tudo principia e para o qual tudo converge. Ele não pode esperar. 

O coração da gente gosta de atenção. De cuidados cotidianos. De mimos repentinos. De ser alimentado com iguarias finas, como a beleza, o riso, o afeto. 
Gosta quando espalhamos os seus brinquedos no chão e sentamos com ele para brincar. 

E há momentos em que tudo o que ele precisa é que preparemos banhos de imersão na quietude para lavarmos, uma a uma, as partes que lhe doem. 

É que o levemos para revisitar, na memória, instantes ensolarados de amor capazes de ajudá-lo a mudar a frequência do sentimento. 

Há momentos em que tudo o que precisa é que reservemos algum tempo a sós com ele para desapertá-lo com toda delicadeza possível. 

Coração gosta de espaço.
Ana Jácomo

terça-feira, 7 de março de 2017

Lição de Vida: humildade e trabalho

Esta história passa uma mensagem com uma grande lição de vida que está a comover o mundo inteiro. 


Um jovem foi se candidatar a um alto cargo em uma grande empresa . Passou na entrevista inicial e estava indo ao encontro do diretor para a entrevista final. O diretor viu seu CV, era excelente. E perguntou-lhe:
- Você recebeu alguma bolsa na escola? - o jovem respondeu - Não.
- Foi o seu pai que pagou pela sua educação?
- Sim - respondeu ele.
- Onde é que seu pai trabalha?
- Meu pai faz trabalhos de serralheria.

O diretor pediu ao jovem para mostrar suas mãos.
O jovem mostrou um par de mãos suaves e perfeitas.

- Você já ajudou seu pai no seu trabalho?
- Nunca, meus pais sempre quiseram que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, ele pode fazer essas tarefas melhor do que eu.

O Diretor lhe disse:
- Eu tenho um pedido: quando você for para casa hoje, vá e lave as mãos de seu pai. E venha me ver amanhã de manhã.

O jovem sentiu que a sua chance de conseguir o trabalho era alta!

Quando voltou para casa, ele pediu a seu pai para deixá-lo lavar suas mãos.
Seu pai se sentiu estranho, feliz, mas com uma mistura de sentimentos e mostrou as mãos para o filho. O rapaz lavou as mãos de seu pai lentamente. Foi a primeira vez que ele percebeu que as mãos de seu pai estavam enrugadas e tinham muitas cicatrizes. Algumas contusões eram tão dolorosas que sua pele se arrepiou quando ele a tocou.
Esta foi a primeira vez que o rapaz se deu conta do significado deste par de mãos trabalhando todos os dias para pagar seus estudos. As contusões nas mãos eram o preço que seu pai teve que pagar por sua educação, suas atividades escolares e seu futuro.
Depois de limpar as mãos de seu pai, o jovem ficou em silêncio organizando e limpando a oficina do pai. Naquela noite, pai e filho conversaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi encontra-se com o Diretor.
O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do moço quando ele perguntou:
- Você pode me dizer o que você fez e aprendeu ontem em sua casa?
O rapaz respondeu:
- Lavei as mãos de meu pai e também terminei de limpar e organizar sua oficina. Agora eu sei o que é valorizar, reconhecer. Sem meus pais, eu não seria quem eu sou hoje... Por ajudar o meu pai agora eu percebo o quão difícil e duro é para conseguir fazer algo sozinho. Aprendi a apreciar a importância e o valor de ajudar a família.

O diretor disse:
- Isso é o que eu procuro no meu pessoal. Quero contratar uma pessoa que possa apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conhece os sofrimentos dos outros para fazer as coisas, e que não coloca o dinheiro como seu único objetivo na vida. Você está contratado.

Uma criança que tenha sido protegida e habitualmente dado a ela o que quer, desenvolve uma mentalidade de "Tenho direito" e sempre se coloca em primeiro lugar. Ignora os esforços de seus pais.
Se somos esse tipo de pais protetores, estamos realmente demonstrando amor ou estamos destruindo nossos filhos?
Você pode dar ao seu filho uma casa grande, boa comida, educação de ponta, uma televisão de tela grande... Mas quando você está lavando o chão ou pintando uma parede, por favor, o faça experimentar isso também . Depois de comer, que lave os pratos com seus irmãos e irmãs. Não é porque você não tem dinheiro para contratar alguém que faça isso; é porque você quer amar do jeito certo. Não importa o quão rico você é, você quer entender. Um dia, você vai ter cabelos brancos como a mãe ou o pai deste jovem.

O mais importante é que a criança aprenda a apreciar o esforço e ter a experiência da dificuldade, aprendendo a capacidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.

Tradução da publicação de Adri Gehlen Korb

desconheço a autoria

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Quanto mais você faz pelas pessoas, menos elas fazem por si mesmas


Quanto mais você faz para os outros, mais feliz se sente (ou então acredita que é assim). Você oferece sua ajuda e, se puder aliviar algum tipo de sofrimento, é ainda melhor. 
No entanto, muitas vezes a sua vontade de facilitar as coisas para as outras pessoas acaba por não deixá-lo mais feliz. O resultado não é o esperado. 
Quanto mais você faz, mais se decepciona.
Você não pode salvar ninguém. Cada um só pode salvar a si mesmo.

A vida não é fácil e a prova disso é composta por muitos momentos difíceis que temos que vivenciar.Eles nos fazem mais fortes e mais sábios, nos permitem amadurecer e nos conhecermos melhor. 
Se não tivéssemos a oportunidade de passar por momentos difíceis, nós nunca teríamos a chance de aprender e adquirir experiências. No entanto, isso é o que você quer fazer com aqueles que ama: sofrer por eles, tê-los sempre por perto. Se você pudesse viveria a vida deles, mas não pode.
Não fuja de si mesmo

Quanto mais você faz para os outros, mais se afasta de você mesmo. Eu não sei o motivo, mas certamente existe mais de um. Você não gostaria de enfrentar a si mesmo, então você foca a sua atenção nos outros. 
Talvez você mesmo esteja precisando de toda essa atenção, desse carinho e apoio que dá sem interesse para os outros.

Você já percebeu que está projetando uma necessidade sua? Mas, em vez atendê-la, você foge dela. Como você pode se ajudar se não conhece a si mesmo? Como se atreve a dar amor se não é capaz de amar a si mesmo? 
Para ser generoso com o outro, é preciso ser generoso primeiro com você mesmo. Você nunca pode oferecer aquilo que não cultiva; mesmo que acredite que pode.

Quando você acredita que é mais importante fazer pelos outros do que para si mesmo, é possível que não esteja consciente de que está cometendo vários erros. 
Estes não têm um impacto somente sobre você, mas também sobre os outros. Você não pode estabelecer relacionamentos saudáveis se dá tudo para o outro enquanto se esquece de você.

– Para apoiar os outros, você deve primeiro apoiar a si mesmo: você sempre apoia as pessoas que ama, as ajuda a se levantarem quando estão no fundo do poço, é a sua fonte de motivação quando todas as outras possibilidades já se esgotaram.
Mas… como é que você não faz o mesmo por você? Porque isto o deixaria infeliz.

– Não crie dependências: você acredita que se os outros dependerem de você será mais feliz. Talvez seja você que precisa depender deles. 
Esta crença nunca poderá construir um relacionamento saudável. A dependência nos causa muito mais sofrimentos do que pensávamos.

– Você está em primeiro lugar, depois os outros: você não pode ajudar alguém se também tem problemas ou dificuldades para superar. Primeiro é você e, em seguida, os outros. 
Pense sempre nisso, porque é muito importante. Às vezes apoiamos os demais mesmo sem ter condições de agir dessa forma.
Todas as pessoas têm poder de escolha

Quanto mais você faz para os outros, mais você limita o seu poder de escolha. Então, de repente você percebe que eles já deixaram tudo nas suas mãos: param de lutar pelos seus sonhos, de querer estar bem. 
Esta responsabilidade agora recai sobre você. Lutar por você mesmo não é suficiente? Você está vivendo por dois, três ou mais pessoas.

Mesmo que o seu amigo esteja sofrendo, é ele quem deve escolher se quer continuar nessa situação complicada que está destruindo a sua vida ou não. 
Você só pode ouvi-lo, dar a sua opinião se for solicitada, e demonstrar que pode apoiá-lo caso necessite. 
Mas, escolher por ele? Dizer-lhe o que deve fazer? Sofrer por ele? Isso nunca.

As nossas decisões definem o rumo das nossas vidas. Não há nenhum destino predeterminado, construímos o nosso caminho com base nas nossas escolhas. 
Se alguém fizer isto por nós, este não será mais o nosso caminho. E, como nós somos tão humanos, acabaremos nos abandonando.

Por esta razão você não recebeu nada em troca de todas aquelas pessoas que você ajudou. Elas não agiram conforme o esperado, você esperava algum tipo de agradecimento. 
Você não percebeu que se envolveu em uma vida que não era sua. Ninguém vai lhe dar uma medalha por lutar as batalhas que não são suas.
Embora doa ver alguém sofrer, às vezes para essa pessoa é necessário que isto aconteça.

É mais fácil se “deixar levar”, permitir que outra pessoa escolha o nosso caminho. No entanto, esta atitude não traz nenhum benefício. 
Aprendemos com os erros, com as pessoas que nos ferem, com todos aqueles momentos que nos marcaram de alguma forma. Se não aprendermos a lidar com isso, como poderemos valorizar a confiança em um amigo? 
Como perceber que o caminho para o sucesso não é uma reta, mas é cheio de curvas e buracos?

Toda vez que você se sentir tentado a assumir o controle da vida de alguém, lembre-se de que se você agir dessa forma a pessoa deixará de lutar por si mesma, não precisará mais lidar com as situações difíceis, e não aprenderá com as situações que ocorrem na sua vida. 
Você deixará tudo mais fácil, no entanto, esta não é a realidade. Em vez de fazer um favor, estará empurrando a pessoa para um mundo de ficção.

https://amenteemaravilhosa.com.br/quanto-mais-voce-faz-pelas-pessoas/

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Ninguém precisa ser grosseiro para ser sincero. Gentileza é bom e todo mundo gosta


Não, eu não concordo com essa grossura toda, não. Esse negócio de achar que truculência e competência são a mesma coisa, esse estrabismo de enxergar eficiência onde só há intolerância, essa história de aceitar e elogiar a grosseria em nome do resultado. 
Para mim, não dá. Eu não aceito.

Vão me desculpar os autointitulados “sinceros”, mas cuspir nossas verdades pessoais na cara dos outros assim sem mais, sem pedir licença, sem jeito e sem pudor não é sinceridade. 
É falta de educação mesmo. Pretexto para humilhar, subjugar e acabrunhar alguém que, em nossa lógica perversa de autoproteção, precisa ficar em seu lugar.

Quase sempre, na esteira de um dissimulado “desculpe a sinceridade” vem uma enxurrada de afrontas, preconceitos e ofensas proferidos com falso desprendimento. 

A cada crítica forçada e opinião venenosa, o sujeito muito orgulhoso de sua “sinceridade” pisa com selvageria disfarçada as cabeças de suas vítimas enquanto festeja sua “personalidade forte”. 
E eu aqui me pergunto se isso não passa de fraqueza de caráter, insegurança profunda e essas coisas que ninguém assume.

Tem até quem ofenda e magoe alguém com a desculpa de tentar ajudá-lo. Balela. Mentira. 
Não está ajudando. 
Truculência não é boa intenção. É mal gosto mesmo. Digamos a verdade com firmeza mas com doçura. Por que não?

Sim, senhor! É claro que se pode ser sincero sem ser agressivo. 

Todos podemos declarar nossa versão da verdade sem vociferar e agredir. Mas tem gente por aí acusando pessoas de bom senso e almas cuidadosas de hipocrisia, frescura, falsidade e outros acintes pelo simples fato de elas ainda usarem o tato e a cautela para lidar com os outros.

É estranho, mas a incrível inversão de valores que nos assola transformou em “fingido” o sujeito de bons modos. 
Reduziu à condição de “sonso” o cidadão que ousa dizer o que pensa com firmeza, sim, mas com toda a delicadeza que lhe cabe. 
Na ótica míope dos hostis, o ser gentil é um molenga, um banana e um fingido. 

E a gentileza, veja só, é uma farsa.


Uma coisa é a nossa dificuldade de ouvir “a verdade” alheia, nosso embaraço em aceitar críticas e receber opiniões diversas. Isso se trata e se corrige. Outra coisa é o nosso direito de ouvir o outro com o mínimo de jeito e delicadeza. 
Isso não se negocia.

Sigamos assim, exaltando os grosseirões autointitulados “sinceros” e julgando como hipócritas, frouxos, covardes de personalidade fraca os bem educados, e estaremos cada vez mais distantes uns dos outros, rolando ladeira abaixo no caminho para o nada.

Nessas horas eu sinto saudade de minha bisavó, Benedita Rosa, que me visita com a brisa da tarde, na Hora da Ave Maria, Hora do Ângelus, “Hora da Rosa”. 
Pensar nela me faz bem. Olhando em nossos olhos durante uma bronca, tinha a firmeza e a direção das locomotivas. 
Mas nunca perdeu a doçura dos anjos e dos sonhos de padaria. 

Valei-me, Vovó. Valei-nos Deus! Com toda a sinceridade, está faltando sua gentileza aqui embaixo.


André J. Gomes
http://www.fasdapsicanalise.com.br/ninguem-precisa-ser-grosseiro-para-ser-sincero-gentileza-e-bom-e-todo-mundo-gosta/

“Se um filho ofende a mãe, esta não deveria atendê-lo.”


“Se um filho ofende a mãe, esta não deveria atendê-lo.” Içami Tiba

Ninguém nasce sabendo ser pai ou mãe. Quando os filhos chegam, desconheço que venham com manual do fabricante ou com instruções “de uso”. 
Ninguém poderia escrever um manual assim, porque cada um dos filhos é um universo único. O que se pode fazer é tão somente trazer aos pais algumas reflexões sobre o seu comportamento enquanto educadores dos seus próprios filhos.

No Brasil, Içami Tiba (Médico Psquiatra, Educador, Escritor) sempre nos convidou à refletir sobre a família e, em especial, à paternidade.

Não raro observamos filhos que maltratam e dominam os seus pais, demonstrando precocemente uma tendência à manipulação e à jogatina emocional movida à chantagem. 
Içami Tiba, em seu livro “Educação Familiar – Presente e Futuro”, ensina-nos a não ignorar tais situações:

“Se um filho ofende a mãe, esta não deveria atendê-lo. Se a mãe engole seco e procura atendê-lo, está reforçando a má educação. Se a mãe, sem ficar brava, disser claramente: “Se você me trata mal, eu saio de perto de você” (e se afasta), o filho vai aprender que se tratar mal as pessoas, elas se afastarão.

Não é interessante nem educativo a mãe se afastar em silêncio ou magoada. Tem de explicar que não aceitou como o filho a tratou. 
Não basta o filho vir e pedir algo outra vez. É preciso que antes peça desculpas pelo desrespeito. 
Este é o preço que o filho deve pagar por ter tratado mal a mãe. 
Se insistir com grosseria, ele que arque com outras consequências, que devem estar combinadas antes. 

Tudo o que é combinado tem de ser cumprido. Mesmo que a vontade dos pais seja perdoar, alimentam a má educação.”

A inércia, o silêncio, assim como atender ao filho quando este humilha, maltrata ou tenta de qualquer modo manipular os pais é anuir ao seu comportamento. 
É referendá-lo, incentivando-o a permanecer no equívoco da conduta. 

Estejamos atentos tanto aos nossos atos quanto às nossas omissões. A nossa atenção e cuidado quanto aos laços afetivos são provas de amor.

Nara Rúbia Ribeiro

http://www.bemmaismulher.com/se-um-filho-ofende-a-mae-esta-nao-deveria-atende-lo-icami-tiba/

Mãe boazinha, filhos folgados, adultos relaxados


O que é mais importante para uma mãe: manter a casa em ordem, ou deixar os filhos à vontade, sem disciplina, e sem ordem? 
A resposta adequada seria: manter a casa em ordem, e esperar que os filhos fiquem à vontade sob disciplina e ordem. Basta que eles sejam educados para isso.

O que é mais importante para uma mulher: um marido satisfeito, feliz, relaxado, à custa de cuecas jogadas pelo banheiro, e toalhas molhadas sobre a cama, ou um parceiro ordeiro e colaborativo? 
A resposta adequada seria: um marido feliz, satisfeito, ordeiro e colaborativo, que ajude a manter a casa longe do caos.

A verdade é que há situações que não se excluem, pelo contrário, se complementam.

Esse é um tema nada excludente. 
Filhos e maridos devem colaborar com a mínima ordem reinante sob pena de se tornarem abusivos fora do convívio familiar. Não há felicidade na desordem. Não pode haver tolerância com a desordem organizada sistematicamente como se a desordem fosse a ordem.

A criança que cresce sem envolvimento com a ordem, aprenderá a envolver-se com a desordem. O adulto que foi criança e não guardou o brinquedo que usou, terá grandes possibilidades de vir a ser pouco colaborativo, daquele tipo que levanta da mesa na casa da tia sem retirar e lavar o seu prato, ou sem arrumar a sua cama.

Não é de nenhum tratado filosófico que retirei essas conclusões; é da vida, da experiência, da análise prática.

Todas as crianças que são deixadas sem a disciplina da ordem criam uma desordem amplificada, depois de adultos. As casas que habitam são uma bagunça. As tarefas que deveriam ser resolvidas diariamente passam a ser desempenhadas em prazos dilatados por semanas, meses, e anos. A louça é lavada quando não há mais lugar sobre a pia e embaixo da pia. As roupas vão para a máquina, quando a última calcinha vai para o corpo. Tudo é abusivamente acumulado.

Não há regras que possam valer para quem foi criado sem regra alguma.

Há nos desordeiros domésticos uma forte tendência para se tornarem acumuladores, aqueles indivíduos que guardam todo tipo de lixo fora e dentro deles. Começam por não catalogar objetos que, sem lugar definido, se misturam sob as mais diversas categorias. 
Livros no chão fazem companhia a chinelos jogados, documentos espalhados, travesseiros abandonados pelo caminho. 
As mais diversas coisas e coisinhas cujo destino é incerto, somam-se às coisas maiores que se acumulam na superfície.

A Teoria do Caos prevê a grosso modo que, se uma casa for deixada limpa, arejada, arrumada, com todos os objetos em seus devidos lugares, basta um tempo relativamente curto para que o abandono se encarregue de instalar o caos.

O que quero dizer com isso? Quero dizer que todas as forças do Universo decaído trabalham a favor do caos.

Não é preciso que eu e você façamos coisa alguma para que o caos se instale. Basta que não o façamos.

Dentro de pouco tempo, a poeira fina se depositará sobre a superfície em camadas sedimentadas, as aranhas farão suas teias, o mofo se expandirá sobre as áreas que guardam algum vestígio de umidade e tudo- absolutamente tudo- entrará em processo de desintegração e morte.

A vida cobra a sua e a minha colaboração para que o universo se mantenha em cadência de ritmo, harmonia, e perfeita intencionalidade da ordem.

Algumas mães parecem ignorar essa necessidade e não colocam os seus filhos na cadeia da ordem. Preferem que eles se juntem à cadeia da desordem.

É a pior coisa que uma mãe pode fazer.

Mães muito “boazinhas” se tornam incubadoras de adultos porcalhões e relaxados. Mães muito “boazinhas”, inconscientemente, esperam que seus filhos as amem mais por isso, e, no devido tempo, cobrarão que esse “amor” lhes seja devolvido.
Mães “muito boazinhas” são um dilema existencial para carregar, mais tarde. Choramingam o tempo todo dizendo quão boas foram para os seus filhos, e exatamente por terem criado filhos irresponsáveis, bagunceiros e relaxados, não receberão de volta nem o amor, e nem a ordem minimamente necessária, que a última etapa de vida pede, para que se morra em paz.

Dia desses, fui testemunha de um fato bastante humano e convincente: 
Diante do quarto do menino que apresentava um cenário bagunçado, a mãe o mandou tomar banho, e enquanto ele tomava o banho, ela entrou no quarto e confiscou o Ipad.

Ao sair, o menino perguntou:

– Mãe você pegou o meu Ipad?

– Peguei. O Ipad só volta quando o seu quarto estiver tão organizado como você o recebeu pela manhã.”

Assim aconteceu por dois dias. Não foi preciso mais do que dois dias para que o hábito se instalasse.

Haveria três caminhos: fazer tudo pelo filho; repetir todos os dias a mesma cantilena, elevando a voz; exercer autoridade acompanhada do seqüestro de um privilégio ao qual ele se acostumara: o uso do Ipad.

Penso que ela fez uma ótima escolha.

Então, é isso: mães eduquem os seus filhos para a manutenção da ordem. É um benefício que fará grande diferença na vida adulta e é tão importante que até o ar, o céu, o sol, o mar, as árvores, as plantas, os rios, os peixes, os animais, os homens de boa vontade, a Terra, e o Universo agradecem.
Ana Maria Ribas Bernardelli
http://anamariaribas.com.br/

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

A geração que tudo idealiza e nada realiza



Demorei sete anos (desde que saí da casa dos meus pais) para ler o saquinho do arroz que diz quanto tempo ele deve ficar na panela. Comi muito arroz duro fingindo estar “al dente”, muito arroz empapado dizendo que “foi de propósito”.
Na minha panela esteve por todos esses anos a prova de que somos uma geração que compartilha sem ler, defende sem conhecer, idolatra sem porquê.


Sou da geração que sabe o que fazer, mas erra por preguiça de ler o manual de instruções ou simplesmente não faz. Sabemos como tornar o mundo mais justo, o planeta mais sustentável, as mulheres mais representativas, o corpo mais saudável.
Fazemos cada vez menos política na vida (e mais no Facebook), lotamos a internet de selfies em academias e esquecemos de comentar que na última festa todos os nossos amigos tomaram bala para curtir mais a noite.
Ao contrário do que defendemos compartilhando o post da cerveja artesanal do momento, bebemos mais e bebemos pior.


Entendemos que as BICICLETAS podem salvar o mundo da poluição e a nossa rotina do estresse. Mas vamos de carro ao trabalho porque sua, porque chove, porque sim.
Vimos todos os vídeos que mostram que os fast-foods acabam com a nossa saúde – dizem até que tem minhoca na receita de uns.
E mesmo assim lotamos as filas do drive-thru porque temos preguiça de ir até a esquina comprar pão. Somos a geração que tem preguiça até de tirar a margarina da geladeira.


Preferimos escrever no computador, mesmo com a letra que lembra a velha Olivetti, porque aqui é fácil de apagar.
Somos uma geração que erra sem medo porque conta com a tecla apagar, com o botão excluir.
Postar é tão fácil (e apagar também) que opinamos sobre tudo sem o peso de gastar papel, borracha, tinta ou credibilidade.


Somos aqueles que acham que empreender é simples, que todo mundo pode viver do que ama fazer. Acreditamos que o sucesso é fruto das ideias, não do suor.
Somos craques em planejamento Canvas e medíocres em perder uma noite de sono trabalhando para realizar.


Acreditamos piamente na co-criação, no crowdfunding e no CouchSurfing.
Sabemos que existe gente bem intencionada querendo nos ajudar a crescer no mundo todo, mas ignoramos os conselhos dos nossos pais, fechamos a janela do carro na cara do mendigo e nunca oferecemos o nosso sofá que compramos pela internet para os filhos dos nossos amigos pularem.


Nos dedicamos a escrever declarações de amor públicas para amigos no seu aniversário que nem lembraríamos não fosse o aviso da rede social.
Não nos ligamos mais, não nos vemos mais, não nos abraçamos mais. Não conhecemos mais a casa um do outro, o colo um do outro, temos vergonha de chorar.

Somos a geração que se mostra feliz no Instagram e soma pageviews em sites sobre as frustrações e expectativas de não saber lidar com o tempo, de não ter certeza sobre nada.
Somos aqueles que escondem os aplicativos de meditação numa pasta do celular porque o chefe quer mesmo é saber de produtividade.


Sou de uma geração cheia de ideais e de ideias que vai deixar para o mundo o plano perfeito de como ele deve funcionar.
Mas não vai ter feito muita coisa porque estava com fome e não sabia como fazer arroz.


Marina Melz

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Quem nunca se desencantou com alguém em quem acreditava?



Enfrentamos inúmeras situações em nossa história que, com ou sem a nossa autorização, acabam nos remetendo a este terrível sentimento: a decepção.

Quem nunca se desencantou com alguém em quem acreditava? Quem já não esperou por realidades que não se concretizaram? Quem já não fez a experiência de não ser correspondido quando amou? A decepção é um sentimento presente na vida humana e, constantemente, precisaremos aprender a bem geri-lo em nossa história.

Todos nos decepcionamos em algum momento da vida, todos experienciaremos a infelicidade de não nos sentirmos os “prediletos” em algum momento de nossa trajetória na existência. Contudo, é preciso compreender que se esse sentimento não for trabalhado e superado em nós, poderá nos marcar com desastrosas conseqüências.

A decepção é um profundo veneno! Quando a mesma faz morada no coração tende a nos roubar o entusiasmo, a alegria e o ânimo, além de nos fazer desacreditar da vida e das pessoas em geral. Ela nos leva a pensar que nossas lutas são em vão, roubando assim o sentido de nossos esforços e crenças.

Diante das desventuras e decepções precisaremos sempre contra-atacar…

É preciso destruir definitivamente alguns antigos chavões como: “Homem é tudo igual, não leva nenhuma mulher a sério”, “Meus namoros nunca dão certo”, “Eu não paro em nenhum emprego”, “O casamento é ilusão, na prática não funciona…” É preciso romper com a mentalidade negativista que a decepção acaba fabricando em nós.

Não é porque uma mulher viveu uma experiência dolorosa com um determinado homem, que todos eles (homens) “não prestem”. Existem sim homens bons… é preciso recomeçar e não se tornar escravo (a) da decepção! Não é pelo fato do casamento de algum conhecido (até mesmo o seu) não ter dado certo que o casar-se seja uma utopia irreal.

Nem todas as pessoas são ruins e falsas, e não é porque você se decepcionou uma vez que irá se decepcionar sempre…

É preciso acreditar na vida, na família, nas pessoas, em Deus!

Não temos o direito de desistir de amar pelo fato de termos vivido experiências difíceis. É preciso tentar de novo, acreditar, recomeçar.

Amanhã poderá ser melhor, poderá sim… A cada novo dia que se inicia Deus nos dá a oportunidade de reescrevermos nossa história e, com Ele, poderemos sim dar cor e vida ao que antes era dor e ausência.

Deus é fiel e, diante das desventuras que enfrentamos, Ele estará sempre pronto a abrir novos caminhos para que possamos recomeçar. É preciso acreditar… e não parar na decepção.

É preciso acreditar e não deixar a doçura presente nos dias se amargar…

Poderá ser diferente… é preciso acreditar, sempre!

Pe Adriano Zandoná

Ser feliz


Ser feliz não é ter uma vida perfeita, sem dor e sem lágrimas; mas saber usar as lágrimas para regar a esperança e a alegria de viver.
Ser feliz é saber usar as pedras nas quais tropeçamos para reforçar as bases da paciência e da tolerância. Não é apenas se encantar com os aplausos e elogios; mas saber encontrar uma alegria perene no anonimato.

Ser feliz não é voar num céu sem tempestade, caminhar numa estrada sem acidentes, trabalhar sem fadiga e cansaço, ou viver relacionamentos sem decepções; é saber tirar a alegria de tudo isto e apesar de tudo isto. 
Ser feliz não é só valorizar o sorriso e a festa, mas saber também refletir sobre o valor da dor e a tristeza. Não é só se rejubilar com os sucessos e as vitórias, mas saber tirar as grandes lições de cada fracasso amargo.

Ser feliz é não se decepcionar e nem desanimar com os obstáculos e dificuldades, mas usá-los para abrir as janelas da inteligência e modelar a maturidade.
Ser feliz é ser forte na hora de perdoar, ter esperança no meio da batalha árdua, lutar com bravura diante do medo, saber suportar os desencontros. É acreditar que a vida é a maior empresa do mundo.

Ser feliz é jamais desistir de si mesmo e das outras pessoas. É jamais desistir de ser feliz; vivendo e crendo que a vida é um espetáculo e um banquete. 
Ser feliz é uma atitude de vida; uma maneira de encarar cada dia que recebemos como um lindo presente de Deus. É não se esquecer de agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida que se renova.

Ser feliz é crer que há pessoas esperando o seu sorriso e que precisam dele. É saber procurar o que há de bom em tudo e em todos, antes de ver os defeitos e os erros.
Ser feliz é não fazer dos defeitos dos outros uma distância mas uma oportunidade de aproximação e de doação de si mesmo. É saber entender as pessoas que pensam diferente de nós e saber ouvi-las atentamente, sem respondê-las com raiva.

Ser feliz é saber ouvir o que cada pessoa tem a nos dizer, sem prejulgar ou desprezar o que tem para nos dizer. É saber sonhar, mas sem deixar o sonho se transformar em fuga alienante. 
Ser feliz é fazer dos obstáculos degraus para subir, sem deixar de ajudar aqueles que não conseguem subir os degraus da vida. É saber a cada dia descobrir o que há de bom dentro de você e usar isto para o seu bem e o dos outros.

Ser feliz é saber sorrir, mas sem se esconder maliciosamente atrás do sorriso; mostrar-se como você é, sem medo. É não ter medo dos próprios sentimentos e ter coragem de se conhecer e de se amar. É deixar viver a criança alegre, feliz, simples e pacífica que existe dentro de você. 
Ser feliz é ser capaz de atravessar um deserto fora de si mesmo, mas ser sempre capaz de encontrar um oásis dentro no seu interior.

Ser feliz é ter coragem de ouvir um Não e continuar a caminhada sem desanimar e desesperar. É ser capaz de recomeçar de novo quando se errou o caminho. É acreditar que a vida é mais bela do que a suas dores, desafios, incompreensões e crises.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se fazer autor da própria história. Ser feliz é ter maturidade para saber dizer “eu errei”; “eu não sei”; “eu preciso de você”…

Ser feliz é ter os pés na terra e a cabeça nas estrelas; ser capaz de sonhar, sem medo dos sonhos, mas saber transformar os sonhos em metas. 
Ser feliz é ser determinado e nunca abrir mão de construir seu destino e arquitetar sua vida; não ter medo de mudanças e saber tirar proveito delas. Saber tornar o trabalho objeto de prazer e realização pessoal.

Ser feliz é estar sempre pronto a aprender e se orgulhar de absorver o novo. Ter coragem para abrir caminhos, enfrentar desafios, criar soluções, correr riscos calculados. Sem medo de errar.
Ser feliz é saber construir equipes e se integrar nelas. Não tomar para si o poder, mas saber compartilhá-lo. Saber estimular e fortalecer os outros, sem receio que lhe façam sombra. É saber criar em torno de si um ambiente de fé e de entusiasmo.

Ser feliz é não se empolgar com seu próprio brilho, mas com o brilho do resultado alcançado em conjunto. É ter a percepção do todo sem perder a riqueza dos detalhes. 
Ser feliz é não se esquecer de agradecer o Sol, desfrutar gratuitamente dos encantos da natureza, do canto dos pássaros, do murmúrio do mar, do brilho das estrelas, do aroma das flores, do sorriso das crianças.

Ser feliz é cultivar muitas amizades; é estar pronto para ser ofendido sem ofender, sem julgar e condenar. Ser feliz é não ter inveja e saber se contentar com o que se tem; é saber aproveitar o tempo que passa; é não sofrer por antecipação o que ainda não aconteceu; é saber valorizar acima de tudo a vida.
Ser feliz é falar menos do que se pensa; é cultivar uma voz baixa. É nunca deixar passar uma oportunidade sem fazer o bem a alguém.

Ser feliz é saber chorar com os que choram, sorrir com os que sorriem, rezar com os que rezam. Ser feliz é saber discordar sem se ofender e brigar; é recusar-se a falar das faltas dos outros; é não murmurar.Ser feliz é saber respeitar os sentimentos dos outros; não magoar ninguém com gracejos e críticas ácidas.

Ser feliz é não precisar ficar se justificando; pois os amigos não precisam de explicações e os inimigos não acreditam nelas.

Ser feliz é nunca se revoltar com a vida; é agir como a árvore que permanece calada mesmo observando com tristeza que o cabo do machado que a corta é feito de sua madeira.

Ser feliz é ser como a raiz da árvore que passa a vida toda escondida para poder sustenta-la. 
Ser feliz é não deixar que a tristeza apague o seu sorriso; é não permitir que o rancor elimine o perdão; que as decepções eliminem a confiança; que o fracasso vença o desejo da vitória; que os erros vençam os acertos; que a ingratidão te faça parar de ajudar; que a velhice elimine em você o animo da juventude; que a mentira sufoque a verdade.

Ser feliz é ter força para ser firme, mas ter coragem para ser gentil; é ter coragem para ter dúvida. 
Ser feliz é ter o universo como caminho; o amor como lei; a paz como abrigo; a experiência como escola; a dificuldade como estímulo; o trabalho como benção; o equilíbrio como atitude; a dor como advertência; a perfeição como meta. 

Ser feliz é amar a Deus e ao próximo.

Prof. Felipe Aquino - Do livro: PARA SER FELIZ

POR QUE AS MULHERES CHORAM?




Realmente não é fácil para os homens compreenderem porquê as mulheres choram com tanta facilidade. Choram porque estão tristes, choram porque estão alegres, choram de emoção, de decepção... Há lágrimas disponíveis para tudo.

Santo Agostinho disse que as lágrimas que sua mãe derramava por sua conversão diante do Sacrário, “eram o próprio sangue do coração destilado em lágrimas em seus olhos”.

Certa vez, um garotinho perguntou à sua mãe:
- Mamãe, por que você está chorando?

E ela respondeu: Porque sou mulher...

- Mas... eu não entendo.

A mãe se inclinou para ele, abraçou-o e disse:
- Meu amor, você jamais irá entender!...

Mais tarde o menininho perguntou ao pai:
- Papai, por que mamãe às vezes chora, sem motivo?

O homem respondeu:
- Todas as mulheres sempre choram sem nenhum motivo...
Era tudo o que o pai era capaz de responder

O garotinho cresceu e se tornou um homem. E, de vez em quando, fazia a mesma pergunta: Por que será que as mulheres choram, sem ter motivo para isso?

Certo dia esse homem se ajoelhou e perguntou a Deus:
-Senhor, diga-me... Por que as mulheres choram com tanta facilidade?

E Deus lhe disse:
- Quando eu criei a mulher, tinha de fazer algo muito especial. Fiz seus ombros suficientemente fortes, capazes de suportar o peso do mundo inteiro... Porém suficientemente suaves para confortá-lo!

- Dei a ela uma imensa força interior, para que pudesse suportar as dores da maternidade e também o desprezo que muitas vezes provém de seus próprios filhos!

- Dei-lhe a fortaleza que lhe permite continuar sempre a cuidar da sua família, sem se queixar, apesar das enfermidades e do cansaço, até mesmo quando outros entregam os pontos!

- Dei-lhe sensibilidade para amar seus filhos, em qualquer circunstância, mesmo quando esses filhos a tenham magoado muito... Essa sensibilidade lhe permite afugentar qualquer tristeza, choro ou sofrimento da criança, e compartilhar as ansiedades, dúvidas e medos da adolescência! Porém, para que possa suportar tudo isso, Meu filho...


Eu lhe dei as lágrimas, e são exclusivamente suas, para usá-las quando precisar.


Ao derramá-las, a mulher verte em cada lágrima um pouquinho de amor. Essas gotas de amor desvanecem no ar e salvam a humanidade!

O homem respondeu com um profundo suspiro...

- Agora eu compreendo o sentimento de minha mãe, de minha irmã, de minha esposa...

- Obrigado, Meu Deus!

Prof. Felipe Aquino

domingo, 1 de janeiro de 2017

UM NOVO ANO, A MESMA LUZ!


Hoje acaba um dia e começa outro, exatamente como todos os dias.

Os dias acabam sempre em noites, mas as noites dão sempre lugar aos dias.

Um ano acaba e outro começa.

Um ano que teve muitos dias e muitas noites, dá lugar a um outro ano que vai ter muitos dias e muitas noites.

As noites são sempre vividas, (ou assim devem ser), à espera de novos dias.

É a escuridão que dá lugar à luz, ou melhor, que é vencida pela luz.

O que eu desejo para cada um e para mim também, neste novo ano, é que todas as noites sejam vividas na esperança de um novo dia.

A escuridão só é permanente para quem nela quiser viver, porque a escuridão é sempre vencida pela luz, e a luz foi-nos dada na Cruz, por Jesus.

Abençoada Luz, que tornas as minhas noites na certeza de um novo dia, que tornas as minhas ocasionais escuridões, em caminho para Ti, Jesus!

Bom Ano Novo para todos, na certeza de que a Luz de Deus ilumina todos os homens de boa vontade!

Joaquim Mexia Alves