sábado, 29 de novembro de 2014

Perdão, continuidade do amor...


"Vida dividida nas pequenas coisas

Costura do tempo nos aproximando sempre mais 

Mas quando surgiram nossas diferenças

Quando descobrimos nossos maiores defeitos

Manifestações de protestos

Crises nervosas

Discursos desaforados

A promessa de que eu iria embora definitivamente

de sua vida 

E de que nunca mais voltaria a pronunciar o seu nome

Mas depois a saudade

A ausência mensurada

O arrependimento

O pedido de perdão

E o aprendizado de que quanto mais a gente ama

Muito mais a gente precisa perdoar

O amor é motivo de perdão

E o perdão é a continuidade do amor

Obrigado por ter me ajudado a entender isso 

Estar ao seu lado é sempre motivo de festa".


Pe. Fábio de Melo

O que é o amor?


“Quem não vive para servir, não serve para viver”

A palavra amor está desgastada. 
Amar não é gostar. Eu gosto de laranja e a destruo; você gosta de maçã e a consome; um outro gosta de cigarro e o queima. 
Isso não é amor; é egoísmo; é se satisfazer destruindo uma coisa. 
Gostamos de coisas, amamos pessoas.

Muita gente ama assim; queima, anula, destrói o outro para se satisfazer, como se fosse uma coisa; e ainda lhe diz “I love you!”. 
Amar é diferente; é renunciar-se para fazer o outro feliz. Você não pode dizer SIM para o outro, sem dizer NÃO para você. 
Você não pode dar a alguém 100 reais e ao mesmo tempo ficar com esta nota. Amar é servir desinteressadamente, sem esperar recompensa. 

“Quem não vive para servir não serve para viver”, diz o ditado, e é isso que nos faz felizes e santos. Fazer o bem faz bem.

Dom Bosco disse que “Deus nos colocou neste mundo para os outros”. 
Charlie Chaplin disse que “o homem não morre quando deixa de viver, morre quando deixa de amar”. 
No amor está a força da vida. Amar é dar-se de maneira espontânea, voluntária. 
Muito mais do que dar coisas aos outros, é dar-se a si mesmo, sua dedicação, seu tempo, seu coração. 
Os infelizes não aprenderam a amar. Só o amor constrói o homem e o mundo.

O amor nunca morre ou acaba, mesmo que seja pregado numa Cruz. 
A razão da frustração do homem pós-moderno é que ele dominou o mundo e as estrelas, a tecnologia e a ciência, mas não aprendeu a amar o irmão que está ao seu lado. 

Há muitas pessoas que ainda são más, porque ainda não fizeram a experiência do amor; nunca foram suficientemente amadas. 

“O amor é a asa que Deus deu à alma para que ela possa subir até ele”, disse Michelangelo. 

A falta de amor desintegra o homem e a humanidade.

Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Deus me quer bem



Eu não tenho direito de me sucumbir aos olhos daqueles que me detestam

Eu não tenho direito de me sucumbir aos olhos daqueles que me querem mal


Por que Deus me quer bem!


Porque que eu vou me ocupar dos comentários daqueles que não me amam?

Porque que eu vou ficar pensando no que os outros estão achando de mim?

Se o que na verdade o que me salva é o que Deus sabe ao meu respeito!


O que você tem que se ocupar é disso.

Esqueça os que não gostam de você,

Esqueça o problema que você tem,

Esqueça da derrota que você sofreu,


E quem sabe esquecendo daquilo que não foi bom

O seu coração possa se ocupar de alguma coisa que é boa nessa vida".


Pe. Fábio de Melo

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

“Asas de Deus”


Esta é uma história real que aconteceu nos Estados Unidos, no chamado Parque Nacional de Yellowstone; que é um parque localizado nos estados de Wyoming, Montana e Idaho, de tão grande que é. 
É o mais antigo parque nacional no mundo. Foi inaugurado a 1 de março de 1872 e cobre uma área de 8980 km².

O parque é famoso porque, entre outras atrações, tem fontes de água quente e por sua variedade de vida selvagem, na qual incluem-se ursos marrons, lobos, bisontes, alces, e outros animais. 
É o centro do grande ecossistema de Yellowstone, que é um dos maiores ecossistemas de clima temperado ainda restantes no planeta. 
A cidade mais próxima do parque Yellowstone é Billings, Montana.

Muito antes de alguém morar em Yellowstone, uma grande erupção de um vulcão lançou uma grande quantidade de cinza vulcânica que cobriu todo o oeste dos Estados Unidos, a maioria do centro-oeste, o norte do México e algumas áreas da costa leste do Oceano Pacífico.

Depois de um incêndio florestal que houve no Parque Nacional de Yellowstone, os guardas florestais começaram a sua caminhada até uma montanha para avaliar os danos e um deles encontrou um pássaro todo endurecido como se fosse pedra de cinzas, no chão, na base de uma árvore. 
Ele derrubou o pássaro com uma vara. Quando ele bateu nela delicadamente, três filhotes pequeninos correram sob as asas de sua mãe morta.

A mãe amorosa, diante do desastre que ia acontecer, tinha levado seus filhos para a base da árvore e os colocou debaixo das asas, instintivamente sabendo que a fumaça tóxica subiria. 
Ela poderia ter voado para a segurança, mas se recusou a abandonar seus bebês. 
Em seguida, o incêndio chegou e o calor queimou seu corpo pequeno, mas ela ficou firme para salvar seus filhotinhos… porque ela tinha se disposto a morrer, para que os seus filhotinhos vivessem. 
Que bonito! 

Alguém chamou essa história de “Asas de Deus”, as asas dessa avezinha que morreu queimada para salvar seus filhotes.

Até os animais sabem amar os seus filhinhos. Por isso, nós humanos precisamos amar ainda mais nossos filhos, antes de depois de nascerem. 
Um pai não pode abandonar seu filho, pois nunca um animalzinho tem coragem de abandonar seus filhotinhos. 
O amor de Deus está neles também.

Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Quando nos faltar palavras


Quando faltam palavras para explicar o vazio de um dia inteiro...
Quando nossas forças parecem falhar diante de um grande novo desafio...
Quando os dias parecem escurecer e perder as cores com as quais pintamos nossos sonhos...

Quando, mesmo cansados, olhamos para trás e vemos o longo caminho percorrido e ali sabemos que não vale a pena desistir...
Quando no pior desespero não encontramos a saída mais óbvia, ainda que ela esteja a um palmo de distância...
Quando não há mais lágrimas para secar a dor...

É exatamente quando nosso corpo atende os pedidos da nossa alma e coração, e num abraço sincero e caloroso dois ou mais mundos se encontram para compartilhar um único momento.

Um momento de ajuda.
Um momento de alegria.
De compaixão e amor por uma mesma causa.

Dois ou mais universos colidem dentro de um abraço.
Onde os apaixonados encontram seu porto-seguro.
Onde os amigos encontram o conforto de cada angústia.
Onde cada pai e mãe reconhece a saudade e o cuidado por cada filho.
Onde as pontes fraternais que construímos dia após dia ganham reforços.

Abraço cura.
Abraço cuida.
Abraço protege.
Abraço salva.

Porque é no universo de um abraço que os corações estão mais próximos uns dos outros.

desconheço a autoria

O que é Sabedoria?


Há dias venho refletindo sobre a definição de sabedoria motivada por um determinado estudo. 
Seria sabedoria a arte do discernimento? 
Seria sabedoria a arte de não sucumbir às emoções? 
Ou seria sabedoria uma mistura de destreza mental, controle afetivo e experiência de vida?

Para se ter sabedoria de fato são necessários anos vividos. 
Um adulto pode ser mais sábio que um adolescente. Um idoso provavelmente será mais sábio do que todos eles.
Deve haver uma parcela de pessoas que envelheceram naturalmente, valorizando as experiências pelas quais passaram durante a vida e visualizando o engrandecimento pessoal através delas. 
Penso assim, pois venho conhecendo algumas dessas pessoas. 
Demonstram se aborrecer menos, são mais alegres, menos ansiosas e mais saudáveis.

Encontramos na Wikipédia que agir com sabedoria, nos dias de hoje é:
• “fazer o certo na hora certa” – demonstrando experiência e conhecimento sobrepostos
• “respeitar o pensamento alheio” – demonstrando segurança em si
• “ser gentil para com as pessoas” – demonstrando paciência
• “ser humilde” – demonstrando autoconfiança
• “tratar o outro como gostaria de ser tratado” – demonstrando visão de igualdade
• “enxergar o dia-dia, não o seu, e sim ao redor, de situações das mais diversas, e observá-las” – demonstrando entusiasmo pela aprendizagem constante.
William James disse ser sabedoria “a arte de saber o que deixar de lado”. 
Visualizo aqui assertividade, respeito, gentileza, humildade, igualdade e entusiasmo juntos!

Parece-nos ser sabedoria algo bem diferente de inteligência ou esperteza, mas certo “jeito” de lidar com o meio social, com as coisas que movimentam a vida através de um traquejo, sutileza, perspicácia e assertividade que leva a pessoa a manter seu estado de felicidade ou de paz. 

A pessoa sábia também nos inspira à calma, tranquilidade por não se exaltar, pois aparenta já conhecer o caminho, já saber do desenrolar da história por ter vivido algo semelhante, por ter adquirido experiência e assim não se surpreende com as situações.

A pessoa sábia nos passa segurança e confiança no processo, pois não teme perder algo seja moral, seja material ou relacionamento pelo simples fato de conhecer suas capacidades, limitações, fragilidades, condições e de forma natural se envolver apenas com situações que lhes dizem respeito ou para a qual é chamada a colaborar. 
Este “conhecimento de si” é o seu maior tesouro e por sorte ele jamais pode ser roubado. 
É a única coisa que levará consigo eternamente!

Mesmo com a morte, a pessoa sábia lida com total confiança de que encerra seu processo de vida com missão cumprida, entendendo que mesmo não tendo feito coisas que um dia desejou fazer, foi porque tal desejo não lhe pertencia. 
Tal desejo foi um “engano”, portanto a morte não lhe representa perda, mas compleição!

Uma questão curiosa: se temos a chance de nos tornar mais sábios ao percorrer de forma natural nosso processo de vida, se podemos nos tornar mais sábios à medida que vivemos e colecionamos experiências as quais um belo dia se transformam em sabedoria, o que pode nos levar a desenvolver ansiedade na idade madura, a ponto de deixarmos de fazer coisas por medo e de nos sentir diminuídos pelas limitações que podem surgir nesta fase?

O que de fato nos influencia a tal ponto de desistirmos da esperança em que dias melhores virão após os 60, 70, 80 anos de vida?
O que podemos fazer para mudar esta situação? 
Considero que tudo começa no “meu olhar”! 

No meu olhar:
para mim
para minha história
para a minha meta maior
para meu propósito maior
para minhas escolhas
para minha forma de se relacionar com o outro
para minhas habilidades e capacidades...
Por que o olhar?

Porque é para onde olho que vão meus pensamentos. 

São meus pensamentos que me guiam. 
E todo pensamento produz um sentimento. 
E sentimentos são de mais difícil controle do que os pensamentos. 

Logo, ao “olhar” para uma situação de forma equivocada, bagunço meus sentimentos e perco o controle sobre minhas ações. 

O descontrole gera novos maus sentimentos e em poucos segundos posso me ver armadilhado pela minha própria “falta de visão”. 
A falta de visão aqui referida é a falta de visão interna, ou seja, a falta da participação da consciência nas situações.

Se para a sabedoria é necessário movimentar “diversas habilidades” internas, logo preciso conhecer tais habilidades. E para conhecer tais habilidades preciso estar conectado comigo, com meus pensamentos, meus sentimentos e então minhas ações. 

Para exercitar tal conexão é preciso experimentar amor próprio de forma tão profunda que se compreenda a importância de cada passo dado ao escrever sua história pessoal e a relação que esta história tem com a sua eternidade. 

Uma vez que você não corrige os erros agora, eles sempre existirão pra você, eternamente, enquanto a felicidade estará longe, também eternamente!

Sendo assim também contribuo para a definição do conceito de sabedoria, parafraseando Sócrates: "Sabedoria nada mais é do que o resultado de “conhecer-te a ti mesmo”. 
De fato esta é a maior garantia para uma vida mais feliz e tranquila!

Gal Rosa Terapeuta ocupacional em geriatria e gerontologia.