sábado, 16 de agosto de 2014

Felicidade Revelada


Você acha que isso é apenas mais um dia na sua vida? Não é apenas mais um dia, é “O” dia que é dado a você. HOJE.

Ele é dado a você, é um presente. É o único presente que você tem nesse exato momento e sua única resposta apropriada é a GRATIDÃO.

Se você não fizer mais nada, mas apenas cultivar essa resposta para o grande dom que este dia único é, se você responder como se fosse o primeiro dia em sua vida e o último dia, então você ter passado o dia de hoje muito bem!

Comece abrindo os seus olhos e se surpreenda porque você olhos através dos quais pode abrir essa incrível escala de cores que é constantemente oferecida a nós para o nosso puro prazer.

Olhe para o céu! Nós raramente olhamos para o céu! E note como ele se transforma de momento em momento com as nuvens chegando e indo. Nós pensamos no tempo e mesmo em relação ao tempo, nós não percebemos que existem muitos nuances. Apenas pensamos que há bom tempo ou mau tempo. Esse dia de hoje é um tempo único e pode ser que nunca mais haja um tempo exatamente igual, pois esse arranjo de nuvens no céu nunca será o mesmo de agora. Abra seus olhos e olhe para isso.

Olhe para o rosto das pessoas que você conhece, cada uma tem uma incrível estória por trás de sua face, uma estória que você nunca poderá penetrar inteiramente, não apenas a estória própria, mas a estória dos antepassados.

Para não irmos tão longe. É nesse momento, neste dia, todas as pessoas que se encontram, toda vida de gerações e de muitos lugares ao redor do mundo fluem para encontrar você aqui, como uma fonte de água da vida e basta você abrir seu coração e beber.

Abra o seu coração para o incrível presente que a civilização nos dá quando giramos uma chave e há luz elétrica. Quando abrimos uma torneira e há água quente e fria, e há água potável. Isso é um presente que milhões e milhões de pessoas no mundo nunca vão experimentar.

Esses são apenas alguns pontos do enorme número de presentes para os quais podemos abrir o nosso coração.

Eu desejo que você abra o seu coração para todas essas bênçãos e deixa-as fluir através de vocês para que todos os que venham a encontrá-los nesse dia sejam abençoados por vocês, apenas pelos seus olhos, pelo seu sorriso, pelo seu toque, apenas por sua presença.

Deixe a gratidão fluir em benção ao seu redor, então esse será realmente um BOM DIA!

Louie Schwartzberg



Olá todo mundo! Estou vivendo uma espécie de reestreia. Isso é maravilhoso! De volta às minhas origens em São Francisco. Quando eu me graduei na UCLA, eu me mudei para o nordeste da Califórnia. Eu vivi numa cidadezinha chamada Elk, e eu não tinha um telefone ou televisão, mas tinha o correio dos Estados Unidos. A vida era boa naquele tempo, pelo que me lembro. Eu tinha que ir à loja geral para tomar um café ou um brounie e enviar por navio o meu filme para São Francisco, e esperar por 2 dias até que parecesse na minha porta. O que era uma maneira melhor de ter que enfrentar o tráfego de Hollywood.

Eu não tinha muito dinheiro, mas eu tinha tempo e um sentido de imaginação. Eu comecei a tirar fotos em “time lapse”. Eu demorava um mês para fotografar 1 metro de filme porque aquilo era tudo o que eu podia comprar.

Eu venho fazendo fotos prolongadas de flores continuamente por 4 horas todos os dias, 7 dias por semana, por mais de 30 anos. E vê-las se mover é uma dança da qual eu nunca me canso. A beleza delas nos imerge em cor, gosto, toque e também nos provê com um terço dos alimentos que comemos.

A sedução da beleza é uma ferramenta da natureza para sobreviver. Porque nós protegemos aquilo que nos apaixonamos e abre nossos corações, e nos faz compreender que somos parte da natureza e não somos separados dela.

Quando vemos que fazemos parte da natureza fica claro que estamos conectados toos em um. As pessoas que veem minhas imagens muitas vezes dizem: “Oh, meu Deus”.

Se pensarmos no que isso significa veremos que “Oh” significa que chamou e trouxe sua atenção para o presente. O “meu” significa que o conectou com algo profundo em sua alma, abrindo um portão para uma voz interna acordar e ser ouvida. E “Deus”? Deus é uma jornada pessoal em que todos queremos estar, para se inspirar, para sentir que estamos conectados com o universo e celebrar a vida.

Vocês sabiam que 80% da informação que nós recebemos vêm através dos olhos? E que se você compara a energia da luz com escalas musicais será apenas 1/8 o que podemos ver a olho nu? O que estaria bem no meio? E não estaríamos gratos nossos cérebros que podem tornar esse impulso elétrico que vem da natureza da luz para criar imagens que nos permitem explorar nosso mundo?
E não estamos gratos por termos corações que podem sentir as vibrações que nos permitem sentir o prazer e a beleza da natureza?

A beleza da natureza é um presente a ser cultivado com reverência e gratidão. O presente particular que quero compartilhar aqui hoje é um projeto ao qual venho trabalhando que é chamado “Felicidade Revelada” e ele vai nos dar um vislumbre nessa perspectiva ao ponto de vista da criança e do idoso nesse mundo.

Menina

Quando eu assisto TV é apenas alguns programas fora do padrão. E quando você explora, você tem mais imaginação do que já tinha e depois, quando você tem mais imaginação, isso faz você querer ir mais fundo, assim você pode ter mais e var mais coisas bonitas do que poderia.
E o caminho? Como se tivesse um caminho que pode levar você a uma praia ou algo assim e então isso pode ser bonito.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Diálogo e gestos de amor

 Da relação do casal no que diz respeito ao diálogo e aos gestos de amor.


Uma tentação errada é pensar que os gestos de amor se resumem à relação sexual.
Perceber que uma relação a dois é uma construção baseada na amizade, no diálogo, no perdão. 
Perceber que uma relação não é uma realidade estática mas que vive em constante dinamismo, mesmo com as rotinas. Por isso evolui, consolida-se.

Quando se fala em diálogo numa relação a dois não é tanto saber se há temas para evitar o silêncio. 
O diálogo é fundamental em qualquer relação, e em especial numa relação em que os dois são um só. Por isso, o silêncio pode ser diálogo, se for saudável. 

O silêncio forçado, que cala problemas, esse sim prejudica não só o diálogo mas até a própria relação. O diálogo existe quando existe honestidade e naturalidade.

Casar na Igreja leva-me a perceber que o meu companheiro/a tem uma dimensão sagrada na minha vida. Não foi por acaso que ele apareceu. Porque não vê-lo como aquele que Deus colocou no meu caminho para a felicidade de ambos e para a prática do amor? Se vir aquele com quem fiz aliança e partilho a minha vida como um dom de Deus, sinto-me amado quando amo e sou feliz quando o faço feliz.

Uma relação para toda a vida ou, como diz o ritual "até que a morte nos separe", leva inevitavelmente para a rotina. 
E há rotinas saudáveis, como por exemplo, a de todos os dias chegar a casa e poder partilhar as alegrias e preocupações do meu dia. 

O desafio para qualquer vida, pessoal, conjugal ou comunitária é descobrir a novidade na rotina dos dias.
Piores rotinas são as das atitudes. A rotina do amuo, da birra, da mesma reação a qualquer ação/provocação. Estas rotinas é que são danosas numa relação.
Também, como em qualquer vida ou relação, há momentos difíceis. Na vida todos temos dificuldades.

Dificuldades não são necessariamente impedimentos. As dificuldades devem levar-me ao amor primeiro, àquilo que me fez amar a pessoa com quem casei. Esse amor primeiro, o fogo que arde sem se ver, não se apaga.

Perceber que a minha vida, a minha relação é única. Porque cada história de amor é única. Não se pode medir nem comparar. Por isso é importante a intimidade do casal. O que é íntimo não se divulga nem se comenta. Não se trata de um acordo, trata-se de respeito pelo que vivo com o outro e só a nós diz respeito.

Tudo na vida do casal deve ter o seu tempo e o seu lugar: o trabalho, os amigos, os filhos quando vierem... e o meu companheiro/a. Os filhos não podem substituir o outro. Eles têm o seu lugar. São o fruto da vida de casal.
Os gestos de amor acompanham a vida do casal. Não precisam de originalidade, precisam de atenção. 

Como uma planta que precisa de ser regada e de ter sol ou luz, como o fogo que precisa de alguma coisa que o faça manter aceso, assim numa relação os gestos de amor alimentam e manifestam o amor ao longo da vida.
Uma palavra sobre a sexualidade. Para a Igreja uma pessoa não é um objecto. 
O instinto, o desejo de possessão não glorificam o ser humano. Por isso, a sexualidade na vida conjugal deve respeitar o outro, sempre nesta atitude de liberdade e responsabilidade.

E que seja, também ela, um gesto de amor.

Fr. Filipe

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

My way: as cicatrizes também podem indicar novos caminhos


A felicidade se define melhor como estar do que como ser. E ela está mais no jeito de ir do que no de chegar, de concluir. Mesmo porque, enquanto vivemos, sempre haverá aonde chegar. 

Amar a corrida e não a linha de chegada. Sem necessariamente abrir mão do coração, cujos caminhos são mais complexos que os caminhos do andar que se faz ao andar. 
Na verdade, não é fácil botar um cabresto nos nossos desejos, subordinando-os ao receituário da razão. E razão convincente; e consequente. 
Também não vale empacar, recusando-nos, radicalmente, a determinadas posições, mesmo sendo válidas. Tampouco não fazer nada. 
Na prática, ora os caminhos se apresentam largos, ora estreitos; ora trilhas, veredas. “Per aspera ad astra”. Por caminhos ásperos se vai até às estrelas.

Tropeçando. Descansando e recomeçando. 
Treinando, ensaiando, escrevendo a vida. 
Aliás, a vida de cada pessoa sempre dá um livro. E livro único, que jamais se repete. Sem poder rasurar nem passar a borracha. 
Mas vivendo e aprendendo. 
Semeando e colhendo. 

Para tudo há que haver um caminho. E com jeito vai. Mas evitando apelar para o jeitinho, essa praga que está na raiz da nossa cultura. 
Também sem quebrar o galho, numa pseudo solução, expressão antiecológica até no nome.

Enquanto caminhamos, temos vida. Não importa tanto o que se faz. A maneira como se faz é que interessa. Competir consigo mesmo na caminhada em busca do aperfeiçoamento. 
Não existe perfeição entre os humanos. 
Nem nos grandes santos nem nos maiores empreendedores. 
Nem nos gênios. Em ninguém. Ninguém, absolutamente ninguém, é dono da verdade.

Mapa, GPS, pontos cardeais, bússola. Setas. Satélite. Guia turístico. 
É triste a paisagem de um rio seco. 
Mas, mesmo assim, desprovido das águas, seu leito ainda serve de caminho pela trilha batida. 

As cicatrizes também podem indicar novos caminhos. 
A soma de momentos fugazes de gozo não agrega felicidade. 
Importa fazer felicidade, e fazer, da felicidade, “my way”.

Antônio de Oliveira