segunda-feira, 24 de março de 2014

Costurar o tempo


A gente podia poder costurar o tempo,
bordando em cima dos erros para que eles sumissem.

Costurar as pessoas que gostamos pertinho.

Costurar os domingos, um mais perto do outro.

Costurar o amor verdadeiro no peito de quem a gente ama.

Costurar a verdade na boca dos seres.

Costurar a saudade no fundo de um baú para que ela de lá não fuja.

Costurar a auto- estima bem alto, pra que nunca ela caia.

Costurar o perdão na alma e a bondade na mão.

Costurar o bem no bem e o bem sobre o mal.

Costurar a saúde na enfermidade e 
a felicidade em todo lugar 
e ir costurando a vida... 

Um pouquinho de esperança em cada dia
e muita coragem em cada ser humano.

Janaína Cavallin

domingo, 23 de março de 2014

Irradiar otimismo


Provavelmente, é um relato inventado. 
Há uns anos atrás, andou a circular pelo ciberespaço. Confortou umas pessoas, encheu outras de esperança, animou alguns ― coisa que sempre se agradece! 

O conteúdo da história era mais ou menos o seguinte: «Sempre estava de bom humor e as suas palavras eram positivas e animadoras. Motivava aqueles que tínhamos a sorte de estar ao seu lado. Irradiava optimismo e, por isso, era muito agradável trabalhar com ele. Se alguém tinha alguma dificuldade, animava aquele que a padecia a ver o lado positivo da situação.

«Certo dia, sem meia tinta, perguntei-lhe abruptamente: “Como é possível que estejas sempre optimista? Como consegues ver a realidade constantemente de um modo tão positivo? Onde vais buscar essa alegria que irradias à tua volta?”. 
A sua resposta ― que me ficou gravada na memória ― ainda hoje tem influência no meu modo de encarar a vida: “Todos os dias, quando me levanto de manhã, digo a mim próprio que tenho duas opções para esse dia: deixar-me levar pelo mau humor ou, pelo contrário, esforçar-me por estar de bom humor. 
Como sou livre, escolho conscientemente a segunda opção”.

«Quando me acontece algo de mal durante o dia, digo a mim próprio que tenho duas opções: escolher o papel de vítima ou, pelo contrário, esforçar-me por aprender alguma coisa com aquilo que me aconteceu. Como sou livre, escolho conscientemente a segunda opção. 
Quando ouço alguém a queixar-se da vida, digo a mim próprio que tenho duas opções: associar-me às suas lamentações ou, pelo contrário, esforçar-me por ver o lado positivo de cada situação. 
Como sou livre, escolho conscientemente a segunda opção.

«Mas isso não é tão fácil assim ― respondi-lhe. “Também não é tão difícil como parece” ― foi a sua contestação imediata. E continuou: A vida é uma escolha constante. As atitudes que tomamos diante dela também o são. É uma decisão de cada um de nós escolher como viver a nossa vida. 
E também é uma decisão de cada um de nós escolher a atitude que vamos ter diante daquilo que nos acontece na nossa vida. 
Como somos livres, temos de escolher conscientemente a melhor opção».

É verdade que esta história é demasiadamente fantasiosa. No entanto, é um relato que nos faz pensar em que a nossa vida é, de algum modo, uma escolha constante. 
Um cristão é chamado por Deus a irradiar um verdadeiro otimismo à sua volta. Um otimismo que procede da fé ― não de uma simples escolha livre da melhor opção.

Não façamos tragédias por tudo e por nada! 
A vida não é tão má como, às vezes, gostamos de a pintar! 
Se há coisas que não nos correm bem, também há outras que são maravilhosas e que nem nos damos conta disso. 
Ao olhar para o mundo que nos rodeia, não nos esqueçamos dessa bondade natural que possui por ter sido criado por Deus. 
Se a aceitarmos, desaparecerão muitos desânimos no nosso viver quotidiano, mesmo no meio das dificuldades. 
E as pessoas à nossa volta nos agradecerão por serem contagiados por essa alegria de viver.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

A felicidade depende de mim!

Texto lido pelo Padre Fábio no Programa Direção Espiritual


Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas: - Seu marido a faz feliz? Ele lhe faz feliz de verdade? 
Neste momento, o marido levantou o pescoço, demonstrando total segurança da resposta que a esposa iria dar. 
Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento.


Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sonoro 'Não', daqueles bem redondos e bem resolvidos. 
- Não, o meu marido não me faz feliz! 
(Neste momento o marido já procurava a porta de saída de emergência mais próxima).

- Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz. E continuou: O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. 
Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. 
Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas.

Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e também mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável.

Eu decido ser feliz! Se Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai...

Amo a vida que tenho mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade.

Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa de me fazer feliz, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros. 
A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos'.

Nunca deixe nas mãos de outros uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua própria felicidade.

Seja feliz, mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém tenha lhe machucado, mesmo que alguém não o ame ou não lhe dê o valor que você merece.

Peça a Deus que lhe dê serenidade para aceitar as coisas que você não pode mudar, coragem para modificar aquelas que podem ser mudadas e sabedoria para conseguir reconhecer a diferença que existe entre elas.

sábado, 22 de março de 2014

Coloque amor em tudo que faz...

“Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega um dom de ser capaz, e ser feliz”


Coloque amor em tudo que faz... deixe transparecer essa intenção e lhe garanto, tudo vai caminhar bem. Quanto lucraríamos se o amor tivesse caminhado à frente das nossas ações?
Quantas tristezas teríamos evitado se fosse o amor o guia dos nossos caminhos? 
Quantos caminhos teríamos aberto se nossos corações desbravadores amassem mais? 

Na verdade, esses e tantos outros questionamentos poderiam ser feitos durante toda a vida, e mesmo assim não esgotaríamos as possibilidades de questionar.

Pretendo falar de amor, como quem fala de sobrevivência. Quero ressaltar o quanto nos falta inteligência e atitude para assumir o amor como a única saída.

Hoje me peguei pensando no quanto a minha família é importante em minha vida, "família que á amor", e acabei também constatando o quanto eu poderia ser melhor para ela. 
Numa fração de segundos, pensei nas muitas tragédias que estamos vivendo em nosso dia-a-dia, na dor de cada mãe que tem o seu Filho Santo, estraçalhado pela miséria do mundo, "retrato de desamor ". 
Nesse momento senti um grande arrepio, e por um segundo calei a minha alma. Logo voltei à realidade e percebi que o tempo não para.

Tudo que temos, tudo que somos, e tudo que seremos, depende de nossas decisões. Assim, quero alertar para o risco que estamos nos condenando a correr, quero dividir uma culpa que é exclusivamente nossa, e uma responsabilidade da qual não dá para fugir. 
Como educador, quero fazer um diagnóstico frio do mal que estamos cometendo, levando à condenação pessoas que sequer nasceram... ou mutilando as que nasceram puras, perfeitas. 

Quando negamos o direito à igualdade e o respeito a todas e a todos, ou negamos o direito à vida, não é difícil diagnosticar a falta de amor, "estamos negando amor", e quando insistimos em agir de forma pouco fraterna, não nos permitindo inclusive a possibilidade de arrependimento e mudança, estamos "burramente" insistindo no erro. 

O pior é que é tão simples... e infelizmente não conseguimos aprender a amar e a conviver.

Carregamos a herança do mundo capitalista, onde o poder justifica as ações, e deixamos com isso, valores tão preciosos como a EDUCAÇÃO. 
Não falo da educação dos doutores, dos cientistas e dos Poderosos, que olham a vida do alto, e não conseguem enxergar que embaixo tem gente. 
Falo da Educação que agrega, que soma e não empobrece, que olha o filho como um filho seu e que ensina a amar.

Quero lembrar que colhemos o que plantamos, e que a guerra e a fome não foram deixadas por Deus. 
Por isso amigos, vamos pensar na nova colheita e iniciar o preparo das mudas! 
Vamos semear EDUCAÇÃO em todos os campos, e teremos a certeza de um mundo melhor!

Um abraço grande, e um desejo incontrolável de modificar o mundo através da Educação.
Quem ama educa!

“Eu tenho medo da graça que passa sem que eu perceba.”

Robson Pereira, do site jornalmileniovip.com.br

terça-feira, 18 de março de 2014

Onde estão as mulheres?


Onde estão as mulheres inspiradoras de nossa história e de nossa literatura?

Cadê a fidelidade da Penélope de Homero? A paixão da Marília de Dirceu? O poder da Helena de Tróia e de Cleópatra do Egito? Por onde andará a força da Dalila de Sansão ou da Maria Bonita de Lampião? Onde estão as mulheres?

Por onde andarão as musas inspiradoras de nossas músicas?

A Amélia de Mário Lago, a Rita de Chico Buarque, a Madalena do Ivan Lins, a Lady Laura do Roberto, a gatinha manhosa do Tremendão, a Marina de Caymmi, a Luiza do Tom Jobim, a garota de Ipanema do Vinicius, a Michelle dos Beatles, a Rosa do Gonzagão?

É. Músicas enaltecendo grandes mulheres viraram coisas do passado, peças de museu. Mais do que triste isso é preocupante; temo que, mais do que talento, faltem musas na atualidade para inspirarem nossos artistas.

E , novamente pergunto. Onde estão as mulheres?

Não acredito, mas não acredito mesmo que; depois que há alguns anos o Cumpade Washington do Grupo É O Tchan decretou: ORDINÁRIA! Tudo na música moderna, sobretudo a sertaneja e o medonho funk, “homenageiam” a mulher com inspirados adjetivos como: safada, cachorra, vagabunda e por ai vai.

Novamente pergunto, serão estas as mulheres da atualidade? As musas inspiradoras de nossa arte? Não, com certeza não são.

Quero minhas mulheres de volta, quero expressões artísticas que as representem de volta; porque se elas continuarem a ser representadas e apresentadas como cachorras, ordinárias, vagabundas muitos acreditarão que elas assim o são.

Onde estão vocês mulheres? Apareçam e, por favor, coloquem-se no lugar que vocês merecem, dentro de uma bela poesia, dentro de uma linda canção.


Paulo Rubens Gimenes, publicitário e ex-conselheiro do Comércio da Franca

segunda-feira, 17 de março de 2014

Conselhos para uma menina de dez anos (e para mim)


Filha,

você está com 10 anos agora. Que idade bonita. Não é nem muito criança nem grande demais para se fechar em si mesma. Os mistérios do mundo continuam aí, à sua frente, e você ainda é sensível a eles.

Continua no ar a magia das assombrações, a magia que não tocamos nem vemos, mas que se percebe ao nosso redor. Continua o medo do escuro, e você correndo para a minha cama antes que eu possa impedir. Tem ainda fresca a tela infinitamente colorida da imaginação, mas também já descobriu a pequenina e poderosa lâmpada da razão, sabe onde está a luz do livre pensar. Já sabe respirar fundo e atravessar a rua – a rua, filha, tão assustadora rua, que parecia infinita e intransponível ainda ontem, mas que logo você vai dominar. Dá os primeiros passos no teu próprio caminho.

Queria te dizer umas palavras, filha, e registrá-las aqui para que não possam nunca se perder. Guarde com você, de todas as formas. Mesmo quando brigarmos, quando amar e odiar tudo misturado ao mesmo tempo – a mim e ao mundo –, quando o horizonte se alargar até sangrar a vista e você chorar diante de tantas opções que não acabam nunca: tenha estas palavras perto de você.

***

Eu queria dizer o óbvio, filha, porque pouca gente enxerga ou diz o óbvio hoje em dia, e é importante lembrarmos das pequenas coisas. Eu queria que você cultivasse a vida inteira muito bom senso, inclusive para me contrariar. Isso resolverá mais da metade dos teus conflitos. Um pouco de bom senso (equilíbrio e capacidade de se colocar no lugar dos outros) antes de falar, agir, condenar, e você terá mais paz em tudo.

Pense que para tudo na vida existe um caminho do meio, e que no meio do caminho é normal a gente fraquejar. Mas nós seguimos, filha, porque é o certo a fazer – ainda que sigamos por outro caminho, porque não há problema em mudar de ideia ou de caminho. E em tudo o que fazemos nos doamos. Você não deve entrar em nenhum projeto sem se dedicar a ele. Jamais peça para assinar trabalhos dos outros na escola. Também não cole nas provas, não ceda.

As provas são quase sempre meio bobas, filha. As provas de matemática, português, todas elas. Eu quero que você tire dez em todas, é claro, mas sobretudo quero que você seja feliz, e que tire dez na vida. Os prêmios, filha, aqueles de bom comportamento, ou a opinião boba dos outros, elogios de quem mal te conhece, essas coisas não valem quase nada. Esteja em paz consigo, goste de quem você é, orgulhe-se de si, e não de coisas circunstanciais como uma nota ou um desenho ou o elogio de um estranho, e você vai ser bem mais feliz.

Todo o mundo o tempo inteiro vai tentar te seduzir para a mediocridade, como se houvesse uma grande seita de mediocridade no mundo. Agradeça e recuse. Procure ser grande, e não importa se está servindo mesas – há uns anos você me disse que queria ser garçonete, e brincava de me servir o café da manhã com carinho e presteza – ou se está pesquisando a cura do câncer. Seja grande no seu mundo, ainda que o seu mundo seja pequeno. Isso não tem importância.



Mas o que eu queria dizer mesmo é isto: o melhor da vida é a vida. Pode parecer uma bobagem, e perdoe a redundância. O melhor da vida é a vida, é tudo o que está vivo, Alice. Quando eu digo isso, digo que você não se aborreça nem encante com objetos. Nada do que não tem vida merece muita estima: nem roupas nem sapatos nem carros nem pianos nem a mobília que o cachorro arranhou nem as bonecas da Monster High. O mundo tem milhões de Draculauras. Elas estão todas reluzindo em suas caixinhas de plástico e papel. Mas a Draculaura é só um pedaço de plástico bonito, filha, e, a não ser que esses objetos nos remetam a pessoas e memórias especiais, eles são bobos.

O melhor da vida são os seres vivos, trate-os bem. Estou falando das suas amigas, da família, mas também dos cachorros e animaizinhos e das plantas, daquelas flores do jardim – brigamos quando você as amassou, lembra? Cuide de tudo o que tem vida. Você pode ter todas as bonecas do mundo e não curtir mais do que um sorvete comigo à tarde. Não tem nada melhor do que tomar sorvete contigo à tarde (e é por isso que quando amassaram o carro novo ou quando roubaram o antigo eu não me importei muito, nem quando o cachorro destruiu aqueles chinelos nem quando quebramos os copos; essas coisas não têm vida, e, mesmo que sejam caras, estão mortas. Ninguém deve chorar um relógio perdido).

Trate bem as pessoas. Se você puder ajudar alguém, ajude. Às vezes um gesto que não lhe custa muito pode mudar a vida de alguém. Eu passei muitas vezes por isso, indicando alunos para trabalhos, conversando com escritores iniciantes, ouvindo desabafos. São coisas que não me custaram muito – às vezes, menos de dois minutos. Mas, em alguns casos, fizeram muita diferença. Ajude, se puder.

Mas também não se sacrifique demais, isso não é bom.

Ponha-se em primeiro lugar, sempre, no sentido de procurar estar bem antes de fazer o bem. Alguns vão torcer o nariz e podem dizer que isso é egoísmo, mas não ligue. Lembra das instruções do avião? (Tenho tanto orgulho de você voando sozinha para me ver, vencendo o medo.) Eles dizem que, se caírem máscaras de oxigênio do teto, você deve pôr a sua antes de ajudar a pessoa ao seu lado. Eu quero que você seja assim na vida: quando faltar ar, cuide primeiro da sua reserva, e depois imediatamente faça tudo o que puder para ajudar as pessoas à volta. Sem o seu próprio ar você desmaia, filha, e não ajuda ninguém.

E lembre-se: seja gentil. O mundo não será gentil com você. Ele vai bater, atropelar, esmagar sem que você se dê conta (até que esteja caída). Você não precisa revidar à altura, não precisa quebrar a cara do mundo – até porque isso é impossível, ele é muito grande e disforme, e você é só uma garota. Mas você vai levantar, sempre. Você sempre vai levantar, não importa a altura do tombo, e vai seguir em frente sem confundir o buraco com o chão, a parede com o horizonte. Não ache que o mundo é horrível porque há tantos horrores nele. Não perca a perspectiva das coisas. Um dia é só um dia, e você terá uma vida longa pela frente. Aprenda com seus erros e siga adiante.

Não se preocupe, também, se não alcançar o pico da montanha. Não se cobre demais, não se exija demasiado. Não seja nem medíocre nem paranóica. Dê o seu melhor e vá descansar. É justo.

Nos intervalos, leia muito. Literatura, filha, romances desses em que vivo enfiado. Você nem imagina como isso fará diferença na sua vida. Não para passar numa prova, mas para encarar um namorado, um desafio, medo e dúvida, o mundo, o tudo.

Esqueça “certo” e “errado”. Não sinta culpa por mais de um dia. Viva com amor e alegria, seja justa e equilibrada (jamais “boazinha”). Não tome carona com pessoas embriagadas – teu tio quase morreu nessas – não use drogas, cuida do teu corpo e cabeça, não faça nada estúpido para se enturmar com pessoas estúpidas. (Lembre: bom senso.)

Não é só do alto da montanha que a vista é bonita. Desde o chão a gente pode achar flores – lembra como achamos pequenas flores, trevos de quatro folhas, gatos escondidos sob carros, cachorros vadios, pedras bonitas, perfumes e pássaros num simples passeio pela quadra?

A vista é bonita durante boa parte da caminhada. Se não for, transforme-a. Se não puder, apresse o passo. Chore, se for preciso, e não tenha vergonha disso. Só não fique parada. Cultive o seu jardim.

Seja otimista, porque no fim tudo dá certo, sempre. Se as coisas não parecem ainda certas é porque você ainda está no meio do caminho, e não no fim.

Seja otimista, mas não esqueça de cultivar o seu jardim.

Renato Essenfelder
http://blogs.estadao.com.br/renato-essenfelder

sábado, 15 de março de 2014

À procura de caminhos


Não posso afirmar se os tempos de hoje são piores do que os de antigamente. Sou saudosista. 
Não naquele sentido de que meus tempos de juventude eram melhores. Em vários sentidos até que eram. Meu saudosismo é de não tê-los vivido de maneira mais intensa e de ter perdido uma imensidade de oportunidades que se abriram diante de meus olhos. Afinal, os tempos de hoje são melhores ou piores? Lealmente, não sei. 

As relações humanas estão se deteriorando? Não sei. O que eu realmente sei é que não é fácil viver hoje, como era fácil viver antigamente. 
O homem é um complexo de instintos selvagens mal dominados, hoje mais sofisticados e aperfeiçoados. Passamos a viver abstratamente, esperando uma solução que nos caia de paraquedas. Um jogo de tênis, um jogando a bolinha para o outro.

Vivemos nos queixando da violência, do mal que nos pega pelo pescoço, da decadência moral. E saímos por aí sempre repetindo: “É preciso”. 
“É preciso”, por exemplo, melhorar a processo educacional. 
“É preciso” pôr um freio na violência. 
“É preciso” acabar com a droga. 
“É preciso” eleger homens honestos. 

Sempre “é preciso” fazer alguma coisa. Mas, sem pessimismo, na década em que vivemos o que foi feito de realmente válido? De realmente eficaz? 
Nossos ministros são todos escolhidos dentro de interesses políticos. Não têm capacidade específica para o cargo. 
O que fazem é apenas cumprir os conchavos. Assim, nesta crônica, vou caindo nas mesmas inutilidades que combato. 
“É preciso” fazer alguma coisa. Ficamos dando voltas e as coisas ficam sempre do mesmo jeito. 

Então vem a pergunta: “Sou eu que tenho a obrigação de salvar o mundo? É você?”. 

Minha conversão pessoal (que é imprescindível) depende de mim. Mas, há coisas que não dependem de mim nem de você. Pertencemos a uma comunidade política. 

Como não podemos dirigir a coisa pública, delegamos poderes a outros para que, com os recursos que lhes são proporcionados, procurem melhorar o ambiente. Então votamos. Ouvimos as promessas. Aparecem na telinha com a maior cara de pau. 
Eles juram que são honestos, gente boa. E, ingenuamente, enchemos a praça de “gente boa”, de Delúbios, de Josés Dirceus, de Renans Calheiros, de Cafeteiras, de Genoinos, de Jeffersons, de Lulas, de Sarneys, de Roses. 
Mais dois, dez, duzentos, milhares. Entra até uma distinta senhora, Ph.D em Sexologia, com uma linguagem chula que nos envergonha. 
Toda essa gente sem falar nas construtoras, nos desembargadores, nos jurisconsultos. 

Vem a polícia. Botam algemas, tiram retratos. 
E tudo fica do mesmo jeito. E saímos repetindo: “É preciso mudar”. 

Meu amigo, você tem a receita? Procure uma. “É preciso”... Caso contrário, “vai tudo pro brejo”.

Padre Prata (*) Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

Quinhentos anos de espera


Cem Anos de Solidão é uma obra do escritor colombiano Gabriel García Márquez, Prêmio Nobel de Literatura em 1982.
Pode ser que esta crônica não tenha a ver com essa obra. Ou tem?
Pelo menos no título, com o número de anos aumentado exponencialmente.
Quanto ao conteúdo, este texto tem mais a ver com o emblemático brasileiro, de Chico Buarque, Pedro Pedreiro. 

Penseiro, esperando o trem, esperando, esperando, esperando o sol, esperando o ônibus, esperando o aumento que não vem. 
Esperando o futebol, esperando o carnaval, esperando a Copa do Mundo, esperando a sorte que não vem. Mas faz sua fezinha, toda semana, na megassena. 
Sempre esperando. E a mulher de Pedro Pedreiro está esperando mais um filho pra esperar também. Pedro Pedreiro, penseiro, tá esperando a morte, que esta é certa, talvez pensando na morte da bezerra, uma perda inestimável. 
Ou esperando o dia de voltar pro Norte. 

Esperando o dia de esperar ninguém, e de ninguém, 
de deixar de esperar do governo, de deixar de ser penseiro para ser pensante, mas falta escola, 
falta hospital, falta estrada, falta transporte. 
Esperando, enfim, nada mais além que a esperança aflita, bendita, infinita do apito de um trem. 
Que vem, que vem, que vem, que já vem.. mas vem superlotado. 

Gente demais. Governo de menos. Ou desgovernos?

Na verdade, Pedro não sabe mas talvez, no fundo, espere alguma coisa mais linda que o mundo, maior do que o mar. Mar que Pedro Pedreiro, se do litoral, conhece de sobejo, de montão, de sol escaldante, de estrada de areia à beira-mar. 
Se pescador, melhor, digo, pior ainda. Então, pra que sonhar se dá o desespero de esperar demais, se há 500 anos o brasileiro espera?

O brasileiro tá cansado de esperar, de esperar um milagre, milagre brasileiro que não acontece. 
Cansado de esperar em vão. 
Cansado de solidão. 
Cansado de ser tapeado, espoliado pela tributação e pela ruindade dos serviços públicos. 

Eh!... Mas há quem goste. E como!

Prof. Antônio de Oliveira

sexta-feira, 14 de março de 2014

Conselhos...



Tenha conduta honesta e personalidade íntegra.

Não se conduza por influências alheias, nem caia na doce tentação de se passar por alguém maior.

Seja fiel aos seus alicerces, aos seus princípios.

Tenha sinceridade no seu proceder.

Não finja nem dissimule um sentimento.

Dê aos olhos do seu interlocutor a arquitetura verdadeira da sua imagem. Expresse as palavras de forma que transpareça lisura no tom da sua voz.

Enfrente os obstáculos com a verdade, mesmo que não os transponha.

Não minta quando o momento é de verdade: a mentira não prospera e você cai em descrédito.

Caráter, respeito, boa conduta: requisitos que não devem ser corrompidos jamais. São sua riqueza.

E é essa riqueza interior que vai lhe permitir alcançar as maiores riquezas exteriores ...

Inácio Dantas

sábado, 8 de março de 2014

Sobre a criação da Mulher

Alguém escreveu esta bela página sobre a mulher:


“Quando Deus fez a mulher, já estava nas horas extras de seu sexto dia de trabalho.

Um anjo apareceu e Lhe disse: “Por que gastas tanto tempo com esta?"

E o Senhor respondeu: “Você viu minha “Folha de Especificações” para ela?"

“Deve ser completamente lavável, porém não ser de plástico, ter mais de 200 partes móveis, todas arredondadas e macias e ser capaz de funcionar com uma dieta de qualquer coisa e sobras, ter um colo que possa acomodar quatro crianças ao mesmo tempo, ter um beijo que possa curar desde um joelho raspado até um coração ferido e fazer tudo isso com somente duas mãos."

O anjo se maravilhou com os requisitos.

“Somente duas mãos....Impossível!

E este é somente o modelo Standard?

É muito trabalho para um só dia...

Espere até amanhã para terminá-la, Senhor.”

“Não o farei, protestou o Senhor. Estou muito perto de terminar esta criação, que é a favorita de Meu próprio coração.

Ela já se cura sozinha, quando está doente e pode trabalhar 18 horas por dia.”

O anjo se aproximou mais e tocou a mulher.

“Porém a fizeste tão suave, Senhor!”

“É suave", disse Deus, “porém a fiz também forte. Não tens ideia do que pode aguentar ou conseguir.”

"Será capaz de pensar?" perguntou o anjo.

Deus respondeu:

“Não somente será capaz de pensar , mas também de raciocinar e negociar".

Então, notando algo, o anjo estendeu a mão e tocou a pálpebra da mulher....

"Senhor, parece que este modelo tem um vazamento...

Eu Te disse que estavas colocando muitas coisas nela".

“Isso não é nenhum vazamento... É uma lágrima“,
corrigiu-o o Senhor.

"Para que serve a lágrima?" perguntou o anjo.
E Deus disse:

“As lágrimas são sua maneira de expressar sua sorte, suas penas, seu desengano, seu amor, sua solidão, seu sofrimento e seu orgulho."
Isto impressionou muito ao anjo

“És um gênio, Senhor.
Pensaste em tudo. A mulher é verdadeiramente maravilhosa"

“Sim, ela é!
A mulher tem forças que maravilham os homens.
Aguentam dificuldades, carregam grandes cargas físicas e emocionais, porém, têm amor e sorte.
Sorriem, quando querem gritar.
Cantam, quando querem chorar.
Choram, quando estão felizes e riem, quando estão nervosas.
Lutam pelo que acreditam.
Enfrentam a injustiça.

Não aceitam "não" como resposta, quando
elas acreditam que haja uma solução melhor.
Se privam, para que sua família possa ter algo.
Vão ao médico com uma amiga que tem medo de ir.
Amam incondicionalmente.

Choram quando seus filhos triunfam e se alegram
quando suas amizades conseguem prêmios.
São felizes, quando ouvem falar de um nascimento ou casamento.
Seu coração se despedaça, quando morre uma amiga.
Sofrem com a perda de um ser querido, mas são ainda mais fortes quando pensam que já não há mais forças.
Sabem que um beijo e um abraço podem ajudar a curar um coração ferido.

Porém, há um defeito incorrigível na mulher:

“É que ela se esquece o quanto vale.”

Da página do Prof. Felipe Aquino 

quinta-feira, 6 de março de 2014

O mundo sem as mulheres


O cara faz um esforço desgraçado para ficar rico pra que? O sujeito quer ficar famoso pra que? O indivíduo malha, faz exercícios pra que?

A verdade é que é a mulher o objetivo do homem. Tudo que eu quis dizer é que o homem vive em função de você. Vivem e pensam em você o dia inteiro, a vida inteira.
Se você, mulher, não existisse, o mundo não teria ido pra frente. 
Homem algum iria fazer alguma coisa na vida para impressionar outro homem, para conquistar sujeito igual a ele, de bigode e tudo.

Um mundo só de homens seria o grande erro da criação. 
Já dizia a velha frase que "atrás de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher". O dito está envelhecido. 
Hoje eu diria que "na frente de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher".

É você, mulher, quem impulsiona o mundo. 
É você quem tem o poder, e não o homem. 
É você quem decide a compra do apartamento, a cor do carro, o filme a ser visto, o local das férias. Bendita a hora em que você saiu da cozinha e, bem-sucedida, ficou na frente de todos os homens. 
E, se você que está lendo isto aqui for um homem, tente imaginar a sua vida sem nenhuma mulher. 
Aí na sua casa, onde você trabalha, na rua. Só homens. Já pensou? Um casamento sem noiva? Um mundo sem sogras? Enfim, um mundo sem metas.


ALGUNS MOTIVOS PELOS QUAIS OS HOMENS GOSTAM TANTO DE MULHERES:
1- O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que seja só xampu.
2- O jeitinho que elas tem de sempre encontrar o lugarzinho certo em nosso ombro.
3- A facilidade com a qual cabem em nossos braços.
4- O jeito que tem de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar perfeito.
5- Como são encantadoras quando comem.
6- Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.
7- Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora .
8- Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans com camiseta e rabo-de-cavalo.
9- Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.
10- Como ficam lindas quando discutem.
11- O modo que tem de sempre encontrar a nossa mão.
12- O brilho nos olhos quando sorriem.
13- Ouvir a mensagem delas na secretária eletrônica logo depois de uma briga horrível.
14- O jeito que tem de dizer "Não vamos brigar mais, não.."
15- A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.
16- O modo de nos beijarem quando dizemos "eu te amo".
17- Pensando bem, só o modo de nos beijarem já basta.
18- O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram.
19- O jeito de pedir desculpas por terem chorado por alguma bobagem.
20- O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.
21- O modo com que pedem perdão quando o tapa dói mesmo (embora jamais admitamos que doeu.)
22- O jeitinho de dizerem "estou com saudades".
23- As saudades que sentimos delas.
24- A maneira que suas lágrimas tem de nos fazer querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor.

Arnaldo Jabor

terça-feira, 4 de março de 2014

Carnaval


E tem quem pule o carnaval... que se vista em "fantasia"... dança e declara sua alegria... e seu amor... e toda sua "euforia".

... Mas tem quem se recolhe... e num cantinho qualquer a vida se torna "igual"... sem fantasias ou ilusões... mas com o coração enfeitado com "serpentinas"... com flores "alegóricas" pelo caminho, e pétalas no cabelo... e risos na alma.
Não importa de que forma você se defina... contanto que seu coração esteja em paz... e que ao finalizar este "ciclo", nada venha a te magoar... nem te deixar triste... porque é assim que entendo este momento, em que se "lança" muito mais que perfume... se lança sorrisos... e esperanças... e "confetes" de carinho... e que tudo termine em paz... e quando você "lembrar" destas "marchinhas", elas te tragam um brilho no olhar... e felicidades em sua alma.

Luandrade*