terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Gentileza gera gentileza! E você, o que gera?


Quem conhece a história de José Datrino, que ficou conhecido como Profeta Gentileza, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, entre as décadas de 60 e 90, sabe que foi ele quem imortalizou essa assertiva - Gentileza gera Gentileza.

Tratei profundamente desse lindo tema no meu livro "O PODER DA GENTILEZA - O modo como você trata as pessoas determina quem você é". E depois de tantos estudos, descobri que a reação das pessoas nem sempre é tão linear ou óbvia quanto imaginamos ou gostaríamos.

De modo que podemos fazer algumas reflexões. Por um lado, pode mesmo ser que gentileza gere gentileza, assim como falta de gentileza tende a gerar falta de gentileza. Algo como "pago na mesma moeda". Entretanto, também pode acontecer da gentileza nem sempre gerar gentileza e a falta de gentileza nem sempre gerar a mesma reação no outro.

Isso significa que, diante de atitudes gentis, algumas pessoas ficam desconfiadas ou com medo de retribuir e se darem mal. Por isso, reagem negativamente. Algo como "quando a esmola é demais, o santo desconfia". Assim como diante da falta de gentileza, algumas pessoas fazem questão de reagir com gentileza só para mostrar que existem outros tipos de comportamento. Algo como "dar um tapa com luva de pelica".

Só por isso, já podemos concluir que pessoas são únicas e agem a partir de suas crenças. E crenças existem muitas. Desde as limitantes e que nos impedem de enxergar alternativas mais criativas diante de um gesto não gentil, até as edificantes, que nos destaca da mediocridade e nos torna pessoas mais alinhadas com o propósito de fazer dar certo.

A questão é: e você, o que tem gerado? Quais têm sido suas crenças? Aquelas do tipo "chumbo trocado não dói" ou "eu não levo desaforo pra casa"? Ou você tem sido daquelas pessoas raras, admiráveis, com quem a gente sente vontade de conversar, conviver, ser amigo ou até algo mais, de tão gostosas (no sentido amplo e profundo) que elas são?

E tem mais: muitas vezes, ser gentil com quem a gente vê uma vez ou outra pode ser bem mais fácil do que ser gentil com quem a gente mora, com quem a gente divide intimidades e até com quem a gente trabalha. Pessoas assim são aquelas consideradas "um doce" fora de casa e "um demônio" dentro, sabe?

É... dessas existem aos montes, infelizmente! E nem se dão conta de que estragam tudo, perdem o melhor de sua própria festa. Tomara que em algum momento antes de chegarem ao fim da vida, sejam privilegiadas com o amargo sabor do arrependimento por não estarem sendo mais coerentes com seu coração e menos preocupadas com uma máscara perfeita para exibir socialmente. E assim, possam recomeçar de um modo mais gentil!

Mas sabe o que é o pior de tudo? É quando confundimos gentileza com educação ou com romantismo. Gentileza, minha gente, não é nem educação e nem romantismo. Não se trata de dizer "bom dia", "com licença" ou "por favor". Nem se trata de mandar flores, preparar um jantar à luz de velas ou puxar a cadeira para uma dama se sentar. Tudo isso é lindo, ótimo e quanto mais você fizer, melhores serão seus relacionamentos, sem dúvida. Mas, ainda assim, não se trata de gentileza!

Gentileza é enxergar o outro de verdade. É escutar mais e falar menos. É ponderar no momento em que ele não concorda com você. É não revidar. É não disputar para ver quem fala mais alto. É conseguir "baixar a bola" no momento em que "o bicho tá pegando". Sabe aquela hora que os ânimos estão exaltados, a briga está prestes a começar e você consegue respirar fundo e propor um consenso? E se não der, que ao menos proponha recomeçar a conversa quando estiverem mais calmos?

Gentileza, meu caro, é ser bem mais fiel ao que você sente do que ao seu orgulho, à sua vontade de parecer seguro, autossuficiente e inabalável. Gentileza é, por fim, ser tão gente quanto qualquer outra pessoa, seja ela quem for. Porque, no final das contas, felicidade tem muito mais a ver com o modo como tratamos as pessoas do que podemos imaginar...

Rosana Braga

domingo, 23 de fevereiro de 2014

“L’amour”, por mim mesmo


Eu tenho tudo de você.
Eu tenho suas fotos.
Eu tenho suas músicas,
nossas músicas.
Suas palavras estão escritas aqui,
na minha mente.
Também escritas em papéis
de cores diferentes.
Tenho seu perfume 
tenho tudo escrito
e guardado aqui.
Tenho fio de cabelo,
beijo em guardanapo
Eu tenho bilhete amassado,
caneta falhando.
Tenho abraço não esquecido, 
tenho beijo molhado no rosto.
Eu tenho ciúme não contado,
tenho paixão não declarada.
Tenho choro não demonstrado,
tenho sorriso guardado.
Eu tenho verdades não ditas,
e mentiras que não são necessárias.
Eu tenho saudade do que não tenho,
eu não tenho que ter saudade. 
Eu tenho ódio do cupido,
Eu não tenho amor correspondido

Nathan Oliveira Justino

Mensagem


A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!

Quando se vê, já é sexta-feira!

Quando se vê, já é Natal!

Logo termina o ano!

Quando se vê perdemos alguns bens preciosos e pessoas amadas!

Quando se vê, já se passaram 64 anos!

Aí você percebe que é tarde demais para ser reprovado.

Então você perde o medo e ganha ânimo.

A coragem é o seu escudo.

Mudou o cenário.

Os desafios são os mesmos, mas a intenção e o gesto ganham novos perfis.

Agora você lança a flecha na convicção de que ela é certeira.

Você quase dorme na pontaria porque já não há mais tempo de erro.

Mas aviso: minha flecha não mata nem fere;

Não busca atingir desafetos, porque desafetos não existem mais;

Nem inimigos; para que cultivá-los se já é quase meia-noite?

Minha flecha lançada não tem ponta aguçada.

Antes, ela é de algodão.

E o seu alvo é o coração das pessoas de bem.

Ela chega devagarinho, desperta, acolhe, convida, conforta, abraça, compartilha.

E porque busco tornar-me uma pessoa cada vez melhor,

E porque anseio o melhor para o meu próximo,

Lanço minha flecha todos os dias, todas as horas

Na certeza de que assim fazendo

Vou escrevendo as palavras do meu dever de casa que é viver o agora.

Minha flecha não mata, não fere;

Porque minha flecha é a minha palavra, a minha oratória, o meu mais precioso bem-querer, o meu aceno de amor.

E neste ambiente de Deus, espero fervorosamente que eu consiga fincar os lastros de amizade e que meus sinais de agradecimento tenham sido percebidos.

Espero, com o melhor dos meus sentimentos, que a minha palavra os tenha atingido.


Everton de Paula

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Valorize-se. Você é pedra preciosa...


A cada dia, fica mais claro o quanto o mundo está sedento de amor. Vemos pessoas mendigando por amor nas ruas, nas redes sociais, na televisão.

A ausência de amor faz com que muitos se submetam a tudo para serem vistos e, quem sabe, se sentirem importantes. Usa-se o que a moda diz para usar (roupas, cortes de cabelo, tatuagens e estilos musicais), mas isso parece não preencher, parece não ser suficiente.
As pessoas investem pesado na aparência, gastam o que têm e o que não têm para parecerem belos e se expõem, como nunca, para conquistar alguns elogios e algumas curtidas no Facebook.

O que há de errado? Somos nós que não somos valorizados e amados ou não nos valorizamos nem nos amamos? Existe um abismo muito grande entre essas duas realidades. Precisamos rever essa história!

Muitas vezes, as feridas do passado, algumas palavras que ouvimos e rejeições que sofremos geram em nós essa sensação de que “não valemos nada”!
Quantos não conseguem se olhar no espelho e se ver, porque não se encaixam no perfil de perfeição ditado pela mídia, pelas revistas e afins!

Fomos criados a partir de um sonho de Deus, fomos gerado com carinho, e Ele nos ama e quer nos ver felizes. Não é preciso convencer os outros de que somos especial, nós é que precisa olhar para si e se amar. Cuide-se! Arrume o cabelo, faça a barba, compre roupas novas… Isso tudo é muito bom! Mas, acima de tudo, cuide do seu coração, deixe que ele faça a experiência do amor de Deus, de se sentir cuidado por Ele, pois é desse amor que ele precisa.

Se pegarmos uma pedra preciosa e a jogarmos na lama, ela, certamente, se sujará; talvez, até desapareça em meio à sujeira, mas ainda será uma pedra preciosa. Se a tomarmos nas mãos e a colocarmos na água corrente, ela, enfim, será lavada e revelará toda a sua beleza.

Talvez, hoje, nós nos sintamos mergulhados na lama, no pecado, sentimo-nos mal por nossos erros, por aquilo que as pessoas nos disseram, por julgamentos e uma centena de razões que podem fazer com que nos sintamos desvalorizados, mas somos pedra preciosa! 
Façamos a experiência de nos encontrar com Deus e, por meio do derramamento de Seu amor, sejamos lavado (a) de tudo aquilo que faz com que nos sintamos desvalorizados, feios e sujos.

A beleza que nós revelaremos, depois dessa experiência, iluminará nossa vida e nos trará muita felicidade, pois o amor que vem de Deus é tudo o que precisamos para ser livres.

“A ausência de amor faz com que muitos se submetam a tudo para serem vistos e, quem sabe, se sentirem importantes”

“Só em Deus repousa a minha alma, d’Ele vem o que eu espero.” (Salmo 61, 6)

Alan Ribeiro – Comunidade Sacramento de Amor

Que eu...


Que eu seja capaz de enxergar a vida como o milagre que ela é.
Que eu perceba as maneiras que Deus tem - todos os dias - de mostrar que viver vale o risco, quando se tem algo em que se acredita;
que os sonhos valem a pena e que ser positivo (re)compensa.
Que eu seja inventiva ao ponto de conseguir criar uma oportunidade a cada adversidade que surgir pelo caminho.
Que eu tenha a disposição para compreender, que algumas coisas não foram feitas para durar.
E que a vida, quando as leva, fica leve...
E que o tempo mostra - vez ou outra - que certas coisas não são perda, castigo ou defeito mas, sim Deus livrando da maldade de quem não sabe amar.

Gabriela Castro

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Uma História Verdadeira...


Quando um velho homem morreu na enfermaria de geriatria de um lar de idosos numa cidade do interior da Austrália, acreditava-se que ele não tinha mais nada de qualquer valor.

Mais tarde, quando as enfermeiras estavam a reunir os seus poucos pertences, encontraram este poema.
A sua qualidade e conteúdo impressionaram tanto a equipe que cópias foram feitas e distribuídas para cada enfermeira no hospital.
Uma enfermeira levou uma cópia para Melbourne ... O único legado do velho homem para a posteridade já apareceu nas edições de Natal de revistas em todo o país e figura nas revistas de Saúde Mental. 
Uma apresentação de slides também foi feita com base em seu simples mas eloquente poema.
E esse velho homem, com nada para dar ao mundo, é agora o autor deste poema "anônimo" navegando em toda a Internet.

VELHO RANZINZA...
O que vocês vêem enfermeiros?... O que vocês vêem?
O que vocês estão pensando... quando estão olhando para mim?
Um homem casmurro,... não muito sábio,
Incerto de hábito… de olhos distantes?

Quem goteja sua comida... e não faz qualquer comentário.
Quando você diz em voz alta... “Eu gostaria que você tentasse!”
Quem parece não perceber... as coisas que você faz.
E sempre está perdendo... uma meia ou sapato?

Quem, resistindo ou não... lhe permite fazer como quiser,
Com o banho e a alimentação... o dia inteiro para preencher?
É nisso que você está pensando?... é isso ... o que você vê?
Então abra seus olhos, enfermeiro... você não está olhando para mim.

Vou lhe contar quem eu sou ... como continuo, ainda, sentado aqui,
Conforme posso fazer ao seu comando,... como comer à sua vontade.
Eu sou uma pequena criança de dez anos... com um pai e uma mãe,
Irmãos e irmãs... que se amam
Um rapaz de dezesseis... com asas nos pés
Sonhando que breve... uma amante ele vai encontrar.

Um noivo logo aos vinte... meu coração dá um salto.
Lembrando os votos... que eu prometi manter.
Aos vinte e cinco, agora... tenho minha própria juventude.
Quem precisa de mim para guiar... e um lar seguro feliz.

Um homem de trinta... minha juventude agora cresceu rápido,
Ligados um ao outro... com os laços que devem durar.
Aos quarenta, meus filhos pequenos... cresceram e se foram,
Mas a minha mulher está ao meu lado... para ver que eu não lamento.

Aos cinquenta anos, mais uma vez,... bebês brincam no meu joelho,
Mais uma vez, conhecemos as crianças... minha única amada e eu.
Dias sombrios estão sobre mim...a minha mulher agora está morta.
Eu olho para o futuro... tremo de pavor.
Pois meus jovens estão todos criados... da sua própria juventude.
E eu penso nos anos... e no amor que eu conheci.
Eu sou agora um velho homem... e a natureza é cruel.
É piada para fazer a velhice... parecer uma tolice.
O corpo, ele se desintegra... graça e vigor, partem.

Existe agora uma pedra... onde uma vez eu tive um coração.
Mas dentro desta velha carcaça... um jovem ainda habita,
E agora e de novo... meu maltratado coração incha
Lembro as alegrias... eu me lembro da dor.
E eu estou amando e vivendo... a vida outra vez.
Eu acho que os anos, muito poucos... foram embora muito rápido.
E aceitar o fato gritante... que nada pode durar.

Então abram seus olhos, pessoas... abram e vejam.
Não um homem casmurro.
Olhe mais perto... veja... A MIM!


Lembre-se deste poema da próxima vez que encontrar uma pessoa mais velha que poderá deixar de lado sem olhar para a alma jovem dentro dela ... 

Retirado do Blog O Estilo Meu

Palavras e Silêncio


Há algumas coisas que são lindas demais para serem descritas por palavras. É necessário admirá-las em silêncio para apreciá-las em toda a sua plenitude.

As grandes falas servem, frequentemente, para confundir ou doutrinar. Às vezes, o silêncio é mais esclarecedor que um fluxo de palavras. Olhe para uma mãe diante do seu filho no berço. Ele consegue muito bem tudo o que quer sem dizer nenhuma palavra.

Na realidade, as palavras devem ser a embalagem dos pensamentos. Não adianta fazer longos discursos para expressar os sentimentos de seu coração. Um olhar diz muito mais que um jorro de palavras.

Creio que, em sua grande sabedoria, a natureza nos deu apenas uma língua e dois ouvidos para escutarmos mais e falarmos menos.

Se as palavras não são mais bonitas do que o silêncio, então é preferível não dizer nada. Quanto mais o coração é grande e generoso menos úteis são as palavras.

É necessário lembrar do provérbio dos filósofos: "as verdadeiras palavras não são sempre bonitas e as palavras bonitas nem sempre são verdades". 
As grandes mentes fazem com que, em poucas palavras, muitas coisas sejam ouvidas. As mentes pequenas acham que têm, pelo contrário, a concessão para falar e não dizer nada. 

Poucas palavras são necessárias para expressar “eu gosto de você.” Portanto, todas as outras que poderiam ser ditas são supérfluas ... e não são palavras curtas e fáceis de serem ditas. São aquelas que causam as maiores consequências.

São necessários apenas dois anos para que o ser humano aprenda a falar e toda uma vida para que ele aprenda a ficar em silêncio.

Ser comedido com as palavras é uma prova de profunda sabedoria.

Saber ouvir também.

Florian Bernard

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Tentar....


Ignorar.
Abstrair. 
Fingir mesmo que não vi. 
Deixar certas pessoas pensarem que ganharam a briga, e em troca, ganhar a tranquilidade. 
Dar importância ao que é realmente importante. E acrescenta. E me faz só bem. 
Não entrar na dança da mediocridade. Do baixo astral. Das más vibrações. 
Ficar em silêncio quando não tiver a capacidade de disparar doçuras e delicadezas por aí. 
Humildade e capacidade de reconhecer erros, são qualidades que não se impõe a ninguém. São coisas que a vida ensina. 
Os dias, os tombos. Não vou tentar forçar. Exigir que todos tenham. Vou buscar corrigir meus defeitos. Tenho alguns que até criaram raízes.
Nem sempre conseguirei agir assim. 
Mas tentar é sempre um bom começo rumo à evolução espiritual. 
Em busca da verdadeira beleza de ser. Leve. E de bem com a vida. E carregada de boas vibrações. 

Plantar delicadezas, pra colher a paz. É só isso que eu preciso pra manter um sorriso de verdade. No rosto e na alma.


Karla Tabalipa

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Não deixe de ser feliz!


Não deixe de ser feliz
Porque o dia não foi bom
Porque as horas não renderam
Porque não alcançou o objetivo...


Não deixe de ser feliz
Porque brigou com quem ama
Porque o amigo foi embora
Porque perdeu a oportunidade...


Não deixe de ser feliz
Porque ainda não sabe tudo
Porque ainda não tem nada
Porque o mundo parece imenso..


Não deixe de ser feliz
Porque te faltaram palavras
Porque te sobraram mágoas
Porque te nasceram cicatrizes..


Não deixe de ser feliz
Sabe porque?


Porque nascerão outros dias,
Porque as horas se repetirão
Porque os sonhos nunca morrem!
Porque quem te ama perdoa
Porque os amigos retornam
E as oportunidades ressurgem!''


Seja feliz, pois sempre haverá
uma razão para isso!!!


(Autor desconhecido)

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Não Tenho Pressa




Não tenho pressa. Pressa de quê? 
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos. 
Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas, 
Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra. 

Não; não sei ter pressa. 
Se estendo o braço, chego exatamente aonde o meu braço chega - 
Nem um centímetro mais longe. 
Toco só onde toco, não aonde penso. 

Só me posso sentar aonde estou. 
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras, 
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa, 
E vivemos vadios da nossa realidade. 

E estamos sempre fora dela porque estamos aqui. 


Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" 
Heterónimo de Fernando Pessoa

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Barco à Vela


Fecha os olhos e adormece
Mas não te esqueças de quem és
Amanhã é um novo dia
E tu tens o mundo aos teus pés

Pensa que foi um dia mau
O tempo passa num segundo
Eu sei que custa mas não foi
O tão desejado fim do mundo

Pensa que és um barco à vela
Que segue o rumo que o vento tomar
Pois já não depende de ti
Onde vais ou não chegar

Não penses que nunca mais vais respirar
E que nunca vais curar essa ferida
Pois nada seca mais depressa
Que as lágrimas e a chuva de uma vida

Tudo muda tudo morre
Tudo fica onde está
Noutro sítio, de outra forma
Noutra vida viverá

Pensa que és um barco à vela
Que segue o rumo que o vento tomar
Pois já não depende de ti
Onde vais ou não chegar...


João Seilá