segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O Som do Silêncio



Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da tua alma, a calar nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos. 
Aprende com o silêncio respeitar a opinião dos outros, por mais contrária que seja da tua, aprende com o silêncio a aceitar alguns factos que tu provocaste, a ser humilde deixando o orgulho gritar lá fora.

Aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples, valorizar o que é belo, ouvir o que faz algum sentido, evitar reclamações vazias e sem sentido, aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo, existem companhias bem piores. 

Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo, que pode ser qualquer livro, desde que tu o leias até o fim.

Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo, como as marés que insistem em ir e voltar, os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar, como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo, completa a tua tarefa. 

Aprende com o silêncio respeitar a tua vida, valorizar o teu dia, ver em ti as qualidades que possuis, equilibrar os defeitos que tu tens e sabes que precisas corrigir e ver aqueles que tu ainda não descobriste.

Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, no maior julgamento de pessoas, na discussão mais acalorada, na discussão entre familiares, aprende com o silêncio a respeitar o teu “Eu”, a valorizar o ser humano que tu és, a respeitar o Templo que é o teu corpo, e o santuário que é a tua vida.

Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir ainda é melhor que muito falar, e em respeito a ti, eu calo-me, silencio-me, para que tu possas ouvir o teu interior que quer falar-te, desejar-te um dia vitorioso e confirmar que tu és especial.

desconheço a autoria

sábado, 18 de janeiro de 2014

Oração do obrigada


Meu Deus, obrigada por ter escolhido a minha família a dedo. Sem eles eu não teria aprendido a diferenciar o certo do errado, o bom do ruim, o que une e o que separa.

Obrigada por me presentar com bons amigos. Pessoas que riem meus risos, dão um empurrãozinho nos meus sonhos, confortam minhas tristezas e me contam uma piada na hora da raiva.

Obrigada por me trazer um amor, meu Deus (um amor!). Sei que hoje em dia muitos estão em busca da tal alma gêmea, alguns inclusive nem mais acreditam que ela possa mesmo existir. Mas eu nunca deixei de acreditar, já que sempre quis ter alguém para compartilhar minhas exclamações, interrogações, reticências e parênteses.

Obrigada por me mostrar que o amor transforma o mundo e as pessoas. Essa palavrinha de quatro letras é tão falada pelo mundo afora, pessoas gritam aos quatro ventos que amam, mas não sabem ao certo o que isso significa, pois esquecem que para amar é preciso saber se doar.

Obrigada por me dar forças. Sei que na vida precisamos ser fortes para enfrentar toda e qualquer adversidade que apareça no meio da caminhada. É preciso ser forte para enfrentar situações, pessoas e nós mesmos.

Obrigada por colocar na minha vida gente que trai, mente, engana, rouba, trapaceia e ilude. Com elas, aprendo como nunca quero ser. E por causa delas sinto mais vontade ainda em transformar o mundo. Nem que seja o meu.

Obrigada por proteger meu lar. Aqui dentro só entra quem mora dentro do meu coração.

Obrigada por abençoar meu trabalho e me mostrar que para ter algum sucesso é preciso trabalhar duro. Sei que nada vem de graça nessa vida e procuro fazer tudo que está ao meu alcance para evoluir.

Obrigada por me indicar as saídas quando estou perdida. Sei que nunca estou só e agradeço o carinho.

Obrigada por me fazer acreditar em sonhos. Eu acredito e sei que eles se realizam. Obrigada por tudo, meu Deus.

Que seja assim seja!


Clarissa Corrêa

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Carta emocionante de padre ao Papa dias antes de morrer


Fabrizio nasceu em Nápoles (Itália), no dia 8 de setembro de 1982. Quase 3 mil pessoas se reuniram no bairro de Ponticelli para lhe dar adeus na igreja de Nossa Senhora das Neves, onde ele era vigário. 

Padre Fabrizio viveu um grande sofrimento nos últimos meses, mas com fé e força interior. Sempre sorrindo, com uma palavra de consolo para os amigos e familiares que estiveram com ele até o último momento. Oferecemos a seguir a carta que ele enviou ao Papa Francisco.

A Sua Santidade o Papa Francisco:

Santo Padre,
nas orações diárias que dirijo a Deus, não deixo de rezar pelo senhor e pelo ministério que Deus lhe confiou, para que Ele possa lhe dar forças e alegria para continuar anunciando a boa nova do Evangelho.

Eu me chamo Fabrizio De Michino e sou um jovem padre da diocese de Nápoles. Tenho 31 anos e há cinco sou sacerdote. Desempenho meu serviço no Seminário Arcebispal de Nápoles como professor de um grupo de diáconos, e em uma paróquia em Ponticelli, que se encontra na periferia de Nápoles. A paróquia, recordando o milagre registrado na colina Esquilino, recebe o nome de Nossa Senhora das Neves.

Ponticelli é um bairro degradado por sua pobreza e alta criminalidade, mas a cada dia descubro verdadeiramente a beleza de ver o que o Senhor realiza nestas pessoas que confiam em Deus e na Virgem.

Também eu, desde que estou nesta paróquia, pude ampliar cada vez mais meu amor pela Mãe Celeste, experimentando também nas dificuldades a sua proximidade e proteção. Infelizmente, há três anos eu luto contra uma doença rara: um tumor no interior do coração. 

Há um mês estou com metástase no fígado e no baço. Nesses anos difíceis, no entanto, nunca perdi a alegria de ser anunciador do Evangelho. Também no cansaço eu percebo, verdadeiramente, esta força que não vem de mim, mas de Deus, que me permite desempenhar com simplicidade o meu ministério. 
Há uma citação bíblica que tem me acompanhado e me enche de confiança na força do Senhor: “Dar-vos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne” (Ez 36, 26).

Neste tempo tem sido muito próxima a presença do meu bispo, o cardeal Crescenzio Sepe, que me apoia constantemente, ainda que às vezes me peça para descansar, para que eu não me sobrecarregue.

Agradeço a Deus também por meus familiares e meus amigos sacerdotes que me ajudam e apoiam, sobretudo quando faço as diferentes terapias, compartilhando comigo os momentos de inevitável sofrimento. Também os meus médicos me apoiam muito e fazem o impossível para encontrar os tratamentos adequados para mim.

Santo Padre,

estou me alongando muito, mas só quero dizer que ofereço a Deus tudo isso, pelo bem da Igreja e pelo senhor de um modo especial, para que Deus o abençoe sempre e o acompanhe neste ministério de serviço e amor.

Eu lhe rogo que reze por mim: o que peço todos os dias ao Senhor é que seja feita a Sua vontade, sempre e em todas as partes. Não peço a Deus a minha cura, mas a força e a alegria de continuar sendo um verdadeiro testemunho de Seu amor e um sacerdote segundo o Seu coração.

Seguro de suas orações paternas, o saúdo devotamente.

Padre Fabrizio De Michino